terça-feira 7 de fevereiro de 2017 | Edição do dia
O início da discussão sobre o pacote de ataques de Temer e Pezão no estado do Rio de Janeiro já se deu com o anúncio do adiamento da votação sobre a privatização da CEDAE. Mas para além disso, também foi noticiado pelo jornal Extra que 28 dos 70 deputados já se declararam contrários à privatização da CEDAE até o momento.
Essa posição foi tomada ontem pelos deputados que compareceram a uma reunião no gabinete de Marcelo Freixo do PSOL. Estiveram na reunião parlamentares de PSDB, Solidariedade, PT, Rede, PDT, PCdoB e toda a bancada do PSOL. Além desse posicionamento, os deputados presentes à reunião com o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Milton Fernandes de Souza. Eles declaram ainda que outros ainda estão indecisos, e poderiam votar contra o pacote.
Há ainda pedidos de anulação da privatização da CEDAE caso aprovado na Alerj, como o apresentado pelo vereador Fernando William do PDT, que alega que a venda da CEDAE é ilegal pois o serviço de tratamento e de esgoto é atribuição do município e o Rio de Janeiro e este não teria sido consultado. O próprio editorial do O Globo de hoje dá conta desse problema, noticiando como todas prefeituras teriam direito de opinar sobre esse tema, mas mesmo assim reafirmou como não há opção que seguir esse acordo e que a privatização CEDAE seria "somente parte de um ajuste a levar a sério".
Que partidos de clara orientação privatizadora, como o PSDB, tenha deputados contrários à privatização da CEDAE é uma prova de que temem a repercussão junto aos trabalhadores e ao povo do Rio de Janeiro. Justamente por esse motivo é que apesar dessas declarações, a resistência ao pacote de Temer e Pezão é o que pode efetivamente não apenas barrar esses ataques, como avançar para colocar uma outra saída para a crise do estado do Rio de Janeiro, como poderiam ser o não pagamento da dívida pública e o fim dos privilégios dos políticos.
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