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ÁFRICA DO SUL
Governo sul-africano reprime protestos de estudantes universitários
Diego Sacchi

As mobilizações dos estudantes universitários têm se estendido à várias cidades da África do Sul. A resposta das autoridades às reivindicações estudantis tem sido repressão e detenções.

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Os inúmeros protestos dos estudantes sul-africanos obrigam, desde terça-feira, as universidades do país a permanecer de portões fechados em seus principais campis. A resposta oficial as reivindicações de estudantes e docentes tem sido a forte militarização das zonas onde se encontram as universidades, repressão policial e detenções pelo terceiro dia consecutivo.

As universidades de Witwatersrand (Joanesburgo), Cidade do Cabo, Pretoria, Nelson Mandela (em Porto Elizabet) e KwaZulu-Natal (Durban) suspenderam as aulas e todas as suas atividades frente as mobilizações dos estudantes.

A maior repressão ocorreu nesta quarta-feira em Joanesburgo, onde alunos da universidade de Wits voltaram a marchar pelo campus e no momento de realizar o bloqueio das ruas do centro da cidade a polícia os reprimiu duramente, lançando bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e disparando balas de borracha. Vários estudantes feridos foram atendidos por ambulâncias e ao menos dois jovens foram detidos.

A repressão também foi vivida em outras cidades, deixando estudantes detidos e feridos. Em Porto Elizabet, os estudantes da Universidade Nelson Mandela organizaram atos, nesta quinta, em diversos tribunais da cidade exigindo a libertação dos 9 estudantes detidos.

Estudantes e docentes, que carregavam cartazes com escritos como “a educação é um direito” ou “acesso para todos”, da Universidade da Cidade do Cabo organizaram manifestações nas portas do parlamento sul-africano para levar suas reivindicações, mostrando que a resposta oficial de repressão e perseguição a estudantes não atingiu o seu resultado de amedrontar. Pelo contrário, avivou a chama das manifestações contra as imagens de violência policial que relembram o Apartheid.

#FeesMustFall o que reclamam os estudantes?

Aglutinados sob o lema #FeesMustFall (as mensalidades devem cair), os estudantes protagonizaram em outubro do ano passado o maior protesto estudantil desde o fim do apartheid, conquistando uma vitória histórica ao forçar o Governo a revogar o aumento de 6% no valor das matrículas previstas para este ano.

O anuncio do Ministro da Educação sul-africano, Blade Nzimande, sobre o possível aumento das mensalidades das universidades de até 8% foi o estopim dos protestos atuais. Mas os estudantes que vem reivindicando que “as mensalidades devem cair” (#FeesMustFal) enxergam as explicações do ministro, seguidas de um anuncio sobre um plano de ajuda para os estudantes com menos recursos, como um novo rechaço governamental a sua reivindicação por uma educação gratuita.

As mobilizações deste ano têm conseguido que o Ministro da Educação Superior se comprometa a cobrir o valor do aumento das matriculas de 2017 para os alunos provenientes de regiões com renda menor que 600.000 rands ao mês (cerca de 38.700 euros), uma concessão que está longe e conformar os estudantes.

Os estudantes anunciaram que rechaçam qualquer aumento das mensalidades das universidades do país e exigem um plano que ponha fim a todas as taxas universitárias para assim conquistar a educação grat

 
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