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Mais de 150 pessoas comparecem ao debate na PUC com Diana Assunção
Redação Esquerda Diário

Ontem, terça-feira, ocorreu na PUC-SP o debate "Gênero, classe, raça, etnia: Perspectiva de luta das mulheres trabalhadoras" com a presença de Diana Assunção, diretora licenciada do Sintusp, militante do MRT e candidata a vereadora pelo PSOL, Prof. Claudia Mazzei da UNIFESP, Prof. Renata Gonçalves (UNIFESP) e Vilma, trabalhadora do bandejão da USP, liderança comunitária do Jaguaré e integrante do grupo de mulheres Pão e Rosas.

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A atividade, que contou com cerca de 150 estudantes e jovens trabalhadores, discutiu o tema da história de luta das mulheres ontem e hoje, colocando como centro das mulheres na sociedade, que desde junho de 2013 vem se colocando como protagonista nas ruas em defesa do direito ao aborto, do direito ao seu próprio corpo, contra a cultura do estupro, assim como na luta contra o aumento das tarifas, contra o fechamento das escolas e, agora no último período, contra o governo golpista de Michel Temer.

A Prof. Claudia Mazzei iniciou o debate colocando o papel histórico das mulheres no mundo do trabalho e como o capitalismo se utiliza da força de trabalho das mulheres para manter o patriarcado vigente, que explora e mantém as mulheres subjugadas ao lar e ao casamento. Neste sentido colocou que o que o capitalismo acaba por delegar às mulheres os postos de trabalho mais precários possíveis, como por exemplo o trabalho nas empresas terceirizadas. Ao final de sua fala declarou apoio à candidatura de Diana à Vereadora em São Paulo.

Vilma, trabalhadora do bandejão da USP, denunciou as precárias condições de trabalho em que se encontram os trabalhadores da USP, em especial os do restaurante universitário, assim como a luta pelo direito digno de moradia na Zona Oeste de São Paulo, condições estas que afetam principalmente as mulheres trabalhadoras. Denunciou como o assédio moral é presente cotidianamente na principal universidade da América Latina, e como ele recai principalmente sobre as mulheres, que são as principais vítimas desta atrocidade. Lembrou que o combate à toda opressão e exploração que adoecem e humilham os trabalhadores, as mulheres, são parte da luta anticapitalista. É no capitalismo que as opressões são usadas para dividir e explorar.

A Prof. Renata Gonçalves então partiu de denunciar que a opressão às mulheres, trabalhadoras e estudantes se dá em todas as classes sociais, mas que são as mulheres negras as mais atingidas pela opressão e exploração da burguesia na sociedade capitalista. Colocou que vivemos ainda sob uma escravidão velada, onde o trabalho precário presente subjuga principalmente as mulheres negras aos principais postos de trabalho precarizado. Criticou também a situação difícil em que hoje se encontram hoje os jovens negros dentro das universidades, onde além de serem excluídos destas, os poucos que conseguem entrar na universidade, sejam estudantes ou professores negros, os mesmos não têm assegurado o direito à permanência estudantil, já que o Estado não lhes fornece este direito. Ao final de sua declaração também apoiou a candidatura de Diana à Vereadora em São Paulo.

Por fim, Diana Assunção, relembrou o papel que vem cumprindo as mulheres saírem em luta nos últimos anos, se colocando nas ruas como principais atores e sujeitos da transformação da sociedade. Colocou como sua trajetória política e militante se desenvolveu desde a época em que foi estudante da PUC, universidade esta que iniciou sua vida política junto a outras companheiras mulheres com o grupo de discussão Pão e Rosas em defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras, dando sequência à este trabalho na USP como diretora do Sintusp e membro da Secretaria de Mulheres do Sintusp, onde pode sair ativamente em defesa das trabalhadoras terceirizadas da limpeza desta universidade em greve por mais de uma vez pelo pagamento de seus salários e por melhores condições de trabalho, assim como pela efetivação destes trabalhadores sem concurso público ao quadro da universidade. Desenvolveu sua fala sobre a importância da luta das mulheres não ficarem renegadas somente às mulheres, e sim ser tomada desde os Centros Acadêmicos e Sindicatos como uma demanda central dos trabalhadores para emancipação das mulheres, colocando que somente desta forma será possível livrar as mulheres da opressão e exploração que o capitalismo lhes oferece. Desta forma, justificou sua candidatura pelo PSOL estar a serviço deste desafio, sendo uma candidatura anticapitalista que vai questionar de fundo o papel deste atual Parlamento reacionário, que antes com o PT no poder já retirava os direitos das mulheres, e que agora com o governo golpista de Temer, busca aprofundar a retirada de direitos dos trabalhadores e da juventude, sendo as mulheres as mais atingidas pelo golpe.

Veja vídeo com trechos da fala de Diana Assunção (em breve debate na íntegra):

Abaixo segue o depoimento da professora Bia Abramides, organizadora do debate juntamente com o Pão e Rosas que, por ter sofrido um acidente dias antes, não pode estar na mesa.

APOIO E VOTAREI EM DIANA ASSUNÇÃO

Companheir@s!

Vamos fortalecer uma candidatura de esquerda, anticapitalista, que atua no campo de autonomia e independência de classe. Diana é candidata a vereadora na cidade de São Paulo e é uma militante de luta, aguerrida, que está lado a lado na luta dxs trabalhadores(as) contra a exploração e opressão de classe, gênero, raça, etnia e orientação sexual. Milita no MRT- Movimento cuja candidatura sai pelo PSOL. A conheço desde estudante da PUC onde teve uma atuação importante nas lutas em defesa do ensino de qualidade, pela democracia e autonomia universitária. Militante feminista socialista, escrevendo, publicando e atuando junto as mulheres trabalhadoras terceirizadas da USP, na luta contra a terceirização e incorporação das trabalhadoras como contratadas. Como militante do SINTUSP (sindicato de trabalhadores da USP) tem atuado diretamente na organização e movimento grevista e no apoio as lutas sociais em curso de trabalhadores e da juventude. Se colocou firmemente contra o Golpe de direita e contra os ajustes fiscais e decretos do Governo Dilma contra os trabalhadores. Em um momento de crise estrutural do capitalismo necessitamos de uma frente de luta e Diana cumprirá esse papel também no parlamento na perspectiva classista.

 
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