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VAI TER PARADA SIM
A parada 16.1 está confirmada
Livia Tonelli
Professora da rede estadual em Campinas (SP)
Matheus Correia
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A parada organizada pela associação LGBT de Campinas juntamente com outros coletivos tem como mote principal a visibilidade trans, lésbicas e bissexuais e um forte conteúdo contra a repressão. Desde a última parada, que foi duramente reprimida pela polícia a mando do prefeito Jonas, se coloca um cenário para as LGBT’s da cidade de expulsão de bares e espaços de lazer, além de se aprofundar o que já vinha acontecendo da negação da identidade de gênero e de sua construção.

Em anos de parada LGBT não à toa esse ano de repressão foi o ano em que se consumou o golpe institucional em nível nacional. Não que nos outros anos Jonas e sua corja política estivesse preocupada com a vida da juventude e da população campineira. Mas com o golpe, e a direita reacionária fortalecida, se abre espaço para a polícia mandar bomba de gás em pessoas que manifestavam pela livre construção de gênero e sexualidade.

Da mesma forma, não é de hoje que em nível nacional a comunidade LGBT é reprimida. Com o governo do PT, e diversas medidas como o veto do kit antihomofobia nas escolas, a não aprovação da Lei João Nery e a não criminalização da LGBTfobia abriram espaço para que essa direita também se sentisse à vontade para reprimir e matar LGBT’s.

Só até agosto desse ano já foi suficiente para se ter mais casos de mortes por LGBTfobia do que todo o ano de 2015. Que prova também que o cenário de repressão às lutas por educação da juventude e dos trabalhadores, também atinge os setores mais oprimidos como mulheres, negros e os próprios LGBT’s.

Ao mesmo tempo, a resistência desses setores com a realização da 16.1 prova que não aceitaremos mais ataques aos nossos direitos e à nossa livre expressão de gênero e sexualidade. Assim como a polícia reprimiu a 16ª parada do orgulho LGBT, responderemos como Stonewall onde uma vanguarda de travestis e transexuais lideraram um motim que resistiu a repressão nos bares da cidade de Nova York.

Não será o Pink Money, expressão usada para inserção dos LGBT’s na sociedade a partir do consumo capitalista, que irá nos salvar. Uma vez que o capitalismo também se utiliza de nossas opressões para sua sustentação, com trabalhados precários em telemarketing e na prostituição. Contra isso, denunciamos os setores que querem esvaziar o conteúdo político da parada LGBT e transforma-la em apenas uma festa, como se existíssemos para servir de público para o mercado LGBT. Queremos mais que isso!

Todos à parada 16.1 na cidade de Campinas às 13h no largo do Pará dia 28. Trans, Lésbicas, Bis e Gays contra a repressão. Lutemos contra a miséria que capitalismo impõe sobre nossa sexualidade.

 
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