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PT FAZ JOGO DA DIREITA
O PT não vai falar mais de golpe e mais uma vez faz o jogo da direita
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad, disse nesta quarta feira em entrevista a Radio e a TV Estadão, que considera a palavra golpe muito dura para classificar o impeachment da Dilma. De acordo com o prefeito de São Paulo: "Golpe é uma palavra muito dura, que lembra a ditadura militar. O uso da palavra golpe lembra armas e tanques nas ruas".

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Ele ponderou, porém, que considera "casuísmo" o golpe que está em tramitação no Senado. De acordo com o candidato à reeleição: "Não me parece de bom tom o que vem acontecendo: um vice se insurgir contra a cabeça de chapa".

Já a Dilma Rousseff fez, nesta quarta feira, um acordo com senadores aliados para retirar a palavra "golpe" da carta que vai divulgar nos próximos dias, quando se referir ao processo de impeachment. Em reunião com senadores que a apoiaram, um dia após virar ré no processo, Dilma aceitou os argumentos de que chamar parlamentares de golpistas pode fazer com que ela perca mais votos.

Na carta aos Senadores e ao Povo Brasileiro, que está sendo reescrita, Dilma vai mostrar interesse em apoiar a Operação Lava Jato. Dilma vai dizer que o seu partido é o Brasil e assumira "erros políticos" no relacionamento do governo petista com o Congresso.

Conforme estamos denunciando há tempos neste site, o PT cada vez mais está fazendo o jogo da direita ao não propor nenhum combate sério contra o golpe que ocorreu. O motivo desta capitulação é porque se o PT tiver que propor uma luta séria contra esta manobra reacionária, teria que questionar tanto as medidas de ajustes do golpista Temer, mas também os ataques que foram impostos durante tempo em que foi governo.

A saída para que o PT tem para esta crise é fazer mais acordos com a direita, como tentou fazer Lula na época que o impeachment ainda estava em análise na Câmara dos Deputados. Nestes acordos com o PT e a direita, a tendência é que o PT cada vez mais ceda suas posições e assuma compromissos mais profundos com a direita golpista que desalojou Dilma do governo.

Conforme já havíamos denunciado também, isto mostra que o PT tem mais medo da luta de classes do que dos golpistas. O motivo disto é que o PT faz parte deste podre regime e fará de tudo para defendê-lo, pois não tem nenhum interesse em perder os privilégios de seus parlamentares e suas posições políticas conquistadas. Isso mostra mais uma vez que a intenção este partido é desmoralizar aqueles que saíram nas ruas contra a direita.

É preciso que a CUT e a CTB rompam com a sua passividade e organizem através de assembleia de base, uma luta em que coloque a classe trabalhadora em cena para por abaixo este governo golpista e os ajustes de todos os governos. Neste sentido é um preciso um plano de lutas contra as privatizações que cada vez mais vão sucatear os serviços públicos que os trabalhadores utilizam, assim como os ajustes que vão aumentar cada vez mais a carestia de vida.

 
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