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ADIADA CASSAÇÃO DE CUNHA
PSDB, DEM e PSB entram em acordo para adiar cassação de Cunha
Redação

Os 3 partidos da antiga oposição ao governo PT concordaram em votar a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) somente após a finalização do processo de impeachment de Dilma.

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

Até então os líderes da antiga oposição cobravam que se acelerasse a votação da cassação. Agora, juntaram-se com o Centrão (grupo de 12 partidos liderados por PP, PSD e PTB) e consensuaram pelo adiamento da votação para setembro, após o encerramento do processo de impeachment. A justificativa que levou toda a base aliada do presidente golpista Michel Temer a entrar nesse comum acordo foi o medo de que caso Cunha fosse cassado antes do impeachment, ele poderia retaliar membros do governo e gerar um tumulto que prejudicaria o andamento e votação final do impeachment, que está previsto para o fim desse mês. Com isso, toda a base golpista se alinha com a posição que o Palácio do Planalto já vinha defendendo nos bastidores.

Michel Temer atuou para gerar esse consenso e deputados que defendiam a votação da cassação com rapidez, como o líder do PSB, Paulo Folleto (ES), mudaram de opinião e passaram a dizer que é melhor não misturar as duas coisas e evitar qualquer tipo de estresse na votação do impeachment, pois a votação da cassação pode gerar tensão e prejudicar o governo interino.

O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) deve anunciar hoje a data em que o processo de cassação será votado. O deputado pode surpreender e definir para a primeira data possível, que é 22 de agosto, antes do desfecho do processo de impeachment. Alguns líderes defenderam que fosse entre 30 e 31 de agosto, e aliados de Cunha defendem que seja apenas entre 13 e 14 de setembro, por uma questão estratégica para evitar qualquer transtorno que atrapalhe a conclusão do impeachment, como é o caso dos líderes do DEM Pauderney Avelino e do PTB Jovair Arantes, que desde a semana passada defendia abertamente que a cassação só fosse votada após o impeachment.

Líderes da atual oposição ao governo golpista, como deputados do PSOL e da Rede, autores da representação contra Cunha no Conselho de Ética, “comemoraram” ontem o aniversário de 300 dias em que o processo contra o ex-presidente da Câmara vem se arrastando. Como forma de protesto, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) declarou que Rodrigo Maia seria o responsável se o processo não for colocado em votação hoje.

Essa é mais uma manobra do governo golpista de Michel Temer e sua base aliada, que vem tendo certa estabilidade e pretende aproveitar esse momento para finalizar seu golpe o mais rápido possível. Para isso, pretende tirar do caminho qualquer tipo de obstáculo que possa surgir, como pode acontecer caso Cunha seja cassado e decida fazer acusações contra Temer.

 
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