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Um novo filho do Sol
Nicolás Daneri
Engenheiro Industrial | Docente UTN.BA | Pesquisador Conicet

Uma equipe internacional do CHFT, uma colaboração entre França, Canadá e Havaí, anunciou o descobrimento de um novo planeta anão de cerca de 700 km de diâmetro orbitando nossa estrela a aproximadamente 120 vezes a distância entre a Terra e o Sol.

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Para além de Netuno, onde a luz do Sol quase não esquenta, há um acúmulo enorme de corpos de formas variadas, porém invariavelmente gelados. Os chamados objetos transneptunianos guardam sob sete chaves alguns dos segredos da formação do sistema solar e, por isso, se dedicam tantos recursos para estudá-los.

Segundo nos conta a Dra. Bannister da Universidade de British Columbia, Canadá, estes "mundos gelados" nos permitem espreitar o processo de formação dos planetas e como se distanciaram do Sol para ocupar suas atuais posições. O descobrimento do 2015 RR245 (vamos ter que esperar alguns anos até que lhe ponham um nome mais cativante) é uma notícia muito boa porque a maioria destes planetas anões são pequenos demais e refletem muito pouca luz para que se possa estudá-los em detalhes.

Com pouco mais de um ano de observações temos, porém, poucas informações sobre ele, porém alguns cálculos estimam seu tamanho em 700 km de diâmetro e sua órbita, altamente elíptica, o faz completar uma volta ao redor do Sol em aproximadamente 700 anos terrestres. Viajando das profundezas do espaço, o 2015 RR245 se prepara para sua maior aproximação do Sol, uns 5 milhões km, no ano de 2096. Não creio estar por aqui para vê-lo, porém vai ser a melhor oportunidade de observá-lo, o bom é que a comunidade astronômica tem tempo de preparar-se.

Sequência de imagens do descobrimento

A maioria dos planetas anões como este foram destruídos e jogados fora do sistema solar que se sobreveio logo após a formação dos planetas. Os poucos que sobreviveram, como Plutão ou Eris, orbitam o Sol através de uma nuvem de escombros gelados que formam o cinturão de Kuiper.

Planetas e anões

Há dez anos, em Praga, a União Astronômica Internacional introduziu a classificação de planeta anão para diferenciar corpos celestes mais além de Netuno que seguiam aparecendo à medida que avançavam as observações.

Segundo a declaração aprovada em agosto daquele ano, um planeta é um corpo celeste que (a) está em órbita ao redor do Sol, (b) tem massa suficiente para que sua própria gravidade supere as forças de corpo rígido de maneira que adquira um equilíbrio hidrostático (forma praticamente redonda), (c) limpou a vizinhança de sua órbita.

A primeira vítima foi Plutão, que perdeu seu status de planeta por não ter conseguido limpar a vizinhança de sua órbita. Ainda que essa categoria ainda siga sendo discutida por alguns astrônomos. Do outro lado, Ceres e Eris foram elevados à categoria de planetoides.

 
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