Nogueira disse também que vai conversar com o presidente interino Michel Temer sobre a reforma trabalhista para negociar as medidas de modernização da legislação trabalhista através de uma reforma da CLT. Embora também não diga quais seriam essas medidas modernizantes, podemos ter certeza que se trata da retirada dos poucos direitos garantidos na CLT através da autorização de negociação direta do empregador com o empregado, como era a proposta de Acordo Coletivo Especial (ACE) que foi defendida no passado pela CUT e por outras centrais sindicais governistas.
Assim, Nogueira já deixa claro qual será o tratamento que o governo golpista de temer dará aos trabalhadores, colocando como principal missão atacar ao máximo a classe trabalhadora para aumentar ainda mais os lucros dos banqueiros e grandes empresários, que continuam batendo recordes de lucro. A esses ataques, Ronaldo Nogueira dá o nome de “harmonização entre o trabalho e o capital” e ainda afirma cinicamente que “não podemos dividir classes. Precisamos unir as classes”.
As declarações de Nogueira vem juntar-se a de outros ministros, como a do Ministro dos Transportes Maurício Quintanella, que afirmou claramente que "privatizar e conceder o máximo possível é a palavra de ordem do governo na aérea de infraestrutura” e já mostra, em menos de dois dias de governo Temer, que a linha política desse governo ilegítimo será a de ataque total aos trabalhadores e ao povo pobre, com ataques e cortes em todas as áreas essenciais, da saúde a previdência, da educação aos direitos trabalhistas.
É necessário urgentemente que a CUT e as demais centrais governistas parem com sua defesa acrítica dos governos petistas e convoque greves e paralisações nas suas bases para barrar esse governo reacionário de Temer, que tem como único objetivo ser o açougueiro da burguesia e implementar o máximo de ataques no menor tempo possível.
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