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PROFESSORES SP
Mais de um mês em luta, professores votam seguir em greve
Marcella Campos
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Completando 33 dias de greve os professores da rede estadual do estado de São Paulo, realizaram hoje mais uma assembleia, e decidiram seguir em greve. A continuidade da mobilização dos professores é uma resposta à intransigência do governo tucano de Geraldo Alckmin. Apesar de ter aceitado uma negociação para o próximo dia 23 de abril,o governo segue afirmando através da imprensa que a greve seria apenas “de professores temporários”, e que o estado de São Paulo “valoriza os professores”. Essas afirmações são tão inconsistentes, que hoje a própria Folha de S, Paulo foi obrigada a publicar uma matéria com chamada de capa, na qual colocava que 12 das 20 mais importantes escolas da capital estão se deparando com os efeitos da greve. Uma prova de que a greve abarca tanto professores efetivos, como temporários.

A categoria realizou na parte da manha dessa sexta feira seu Conselho Estadual de Representante, em que a novidade foi a presença de diversos comandos de greves, destacando se Norte, Sudoeste e Tatuapé da capital do estado. Esses comandos de greve distribuíram uma carta, em que exigiam que o microfone fosse aberto aos professores que impulsionam os comandos de greve, que estão construindo ativamente essa greve. Depois de uma forte agitação, a burocracia petista, tendo Izabel Noronha, presidente do sindicato à frente, teve que abrir para uma fala representando o comando.

Mariana, representante de escola Philomema Bailão e do Comando de Greve da Zona Norte, utilizou sua fala para defender que toda a negociação fosse realizada por uma comissão eleita em assembleia, e que as mesmas fossem transmitidas ao vivo por telão e pela internet. Essa seria uma via de garantir o acompanhamento da base sobre o que é discutido nas negociações. Mariana também reforçou que isso seria uma questão importante para reverter a distância existente entre a direção do sindicato e a base, e sua crise de representatividade, questão que o próprio Geraldo Alckmin se utilizou no início da greve para negar-se a negociar nossas demandas.

Mas a direção majoritária petista da Apeoesp, na fala de Maria Izabel de Noronha, e de seus apoiadores, uma vez mais mostrou que essa seguirá dando as costas para esse novo ativismo, grande conquista dessa greve de professores. Alegando que não poderia acatar a proposta, sequer a colocou em votação, e negou-se a levá-la à assembleia. Isso apesar de haver um setor crescentemente amplo que cada vez mais demonstra o anseio em superar as assembleias-comício, antidemocráticas, em que falam apenas os mesmos diretores.

No final da tarde, em assembleia, realizada no vão livre do MASP, os professores votaram seguir em greve e descer em passeata até a Praça da Republica, onde fica localizada a Secretária de Educação. Passando pela 23 de Maio, milhares de professores, elevavam suas vozes para cantar suas palavras de ordem em defesa de uma Educação pública, gratuita e de qualidade para todos. O bloco do Professores pela Base – Movimento Nossa Classe realizou uma importante agitação, denunciando que enquanto os partidos dos governos, tanto PT quanto do PSDB, alegam não ter dinheiro para a Educação, aumentam seus próprios salários e financiam a corrupção. “Se falta dinheiro para o professor, vamos tirar do senador!”, foi uma delas.

No dia 23 de abril pela manhã haverá a negociação com o secretário estadual da Educação, em frente ao prédio da Secretaria, na Praça da República, onde os professores estão sendo convocados para realizar um ato no local durante as negociações. E a próxima assembleia será no dia 24 de abril às 14h no MASP.

 
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