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NEGROS E NEGRAS
Faremos Palmares de Novo
Juventude às Ruas - Marília
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No dia 10 de março a Juventude às Ruas realizou um sarau-debate durante a ingressada da Unesp de Marília. A atividade que teve como nome "Faremos Palmares de Novo" discutiu alguns aspectos da população negra no Brasil, como violência policial, genocídio da população negra, terceirização, solidão da mulher negra, invisibilidade e marginalização das negras bissexuais, lgbtfobia somada ao racismo, ações afirmativas, entre outros.

Através do debate ficou perceptível que o aumento do número de negros e negras ingressando nas universidades não é uma garantia de um acesso real da população negra a esse espaço, já que não existe uma política de permanência e nem uma mudança no projeto de educação, que continua sem estudar a história e luta das populações negras e continua excluindo das bibliografias dos cursos textos de autoras e autores negros. Apesar do aumento inegável de negras/os nas universidades e de reconhecer as cotas como um avanço, não é possível deixar de falar também que a maior parte das negras e negros dentro da Unesp continuam limpando o chão e os banheiros em um trabalho terceirizado.

Essa é uma contradição que se coloca para a população negra dentro do capitalismo, e nos faz compreender que as cotas não são o suficiente, temos que exigir o fim do vestibular para que todas as pessoas tenham acesso a universidade e que a mesma seja gerida pelos estudantes e trabalhadores.

Toda a discussão foi permeada por muita arte. Foram músicas e poesias revelando as marcas de dor e resistência existente em cada negro e em cada negra, afinal, como diz a música "deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar".

Cada desabafo reafirma a necessidade de construir um movimento estudantil e uma juventude que não abra mão de lutar ao lado dos trabalhadores e de todos os setores oprimidos contra a exploração e a opressão que nos é imposta no capitalismo. Como o próprio nome do sarau diz, devemos fazer Palmares de novo. Assim como Dandara e Zumbi que se recusaram a fazer acordos com a monarquia de Portugal para garantir as migalhas propostas com o objetivo de conter um movimento que só crescia e colocava em risco o domínio da elite, devemos ir por mais, devemos ir por tudo.

 
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