Durante a invasão protagonizada por golpistas bolsonaristas, o senador Sergio Moro não decepcionou quem esperava uma posição cínica e reacionária, como é de costume.

De acordo com reportagem do UOL ele rapidamente se pronunciou no Twitter afirmando que o governo Lula estaria “preocupado em reprimir protestos” (https://noticias.uol.com.br/colunas/juliana-dal-piva/2023/01/08/moro-acusa-lula-de-reprimir-protestos-nao-condena-ataques-em-brasilia.htm), quando o recém-empossado governo era criticado justamente pelo oposto, tendo sido considerado por diversos analistas como leniente.

Em seus posts Moro afirmou que Lula “não fez um bom começo ao não aceitar opinião divergente”. Algo absolutamente fora da realidade. O novo governo Lula demonstrou que não apenas aceita opiniões diferentes, mas anseia verdadeiramente se irmanar com elas, mesmo sendo essas provenientes dos setores mais direitistas outrora base do próprio bolsonarismo. Prova disso é a existência de Daniela Carneiro, ministra do Turismo ligada à milícia justamente pelo mesmo partido de Moro, o União Brasil.

Depois de perceber que estava fora da correlação de forças, dado o avanço dos golpistas em Brasília, Moro cinicamente tenta se emendar, afirmando que os “protestos têm que ser pacíficos”. O mesmo que não hesitaria um segundo em lançar mão das perseguições mais violentas e arbitrárias, caso se tratasse de uma manifestação de trabalhadores.

Combater gente da laia de Moro é algo que para ser feito consequentemente exige independência política do governo, e unidade dos trabalhadores e setores oprimidos.