Foi em um restaurante da rede Habib’s, que apoiou a manifestação pró-impeachment e foi processado pelo TRT por isso, que Kim Kataguiri do MBL, Fernando Holiday e companhia comemoraram, em clima de “descontração”, o dia em que a direita que não sabe usar o metrô tomou conta da Paulista com suas antiestéticas camisas verde-e-amarelas - e com direito a passe livre!

Provavelmente, os líderes do MBL passaram suas horas no restaurante discorrendo sobre quantas camisas da CBF são necessárias para formar um Megazord capaz de destruir o grande dragão do mal… Afinal de contas, para as crianças mimadas da velha direita, política é mesmo uma grande piada - e de extremo mau gosto. Enquanto as necessidades e anseios dos trabalhadores e da juventude são rifados num toma lá, dá cá entre as grandes forças do regime burguês, eles seguem nas provocações baratas, nos comentários infantis e nas frases de efeito sem qualquer conteúdo apenas para arrancar o riso fácil de um setor que pouco ou nada quer pensar politicamente a realidade, abrindo espaço para que os que têm o concretíssimo plano de fazer com que os trabalhadores paguem mais e mais pela crise que criaram possam surfar na boa onda dos seus “meninos”.

Nada falam ou falarão sobre o discurso de ódio que tomou conta das ruas, sobre a cor dessas manifestações, seu caráter de classe elitista, as contradições que se escancararam nesse domingo... Não, a eles satisfaz a piada pronta de ir comer uma esfiha “pró-impeachment” pra se sentirem os reis do mundo, os Power Rangers da geração Y. Isso lhes rende matérias em grandes portais de notícia, fotos simpáticas para quando começar a campanha eleitoral e esconde as figuras bem menos “carismáticas” que chamaram essa manifestação, como Cunha, Bolsonaro, Feliciano, Paulo Skaff… Tudo uma questão de estilo, tudo espontâneo e bastante natural. Sem nenhum interesse por trás.

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