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Conciliação de classes
Lideranças do golpista e reacionário MDB de 11 estados declaram apoio a chapa Lula-Alckmin
Redação

Na tarde desta segunda-feira (18), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o apoio de lideranças do MDB de 11 estados durante reunião em São Paulo. O PT se alia ao MDB, partido da burguesia escravocrata, na busca de apoio para a chapa Lula-Alckmin, escancarando mais uma vez o que o ex-presidente disse: que a sua campanha não é da esquerda.

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Imagem: Patrícia Figueiredo/g1

Na tarde desta segunda-feira (18), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o apoio de lideranças do MDB de 11 estados durante reunião em São Paulo.

Nomes de nove desses estados estavam presentes no encontro. O governador de Alagoas, Paulo Dantas, disse que defenderá na convenção nacional do partido a aliança com Lula em detrimento da senadora Simone Tebet (MS).

— Vamos defender nas convenções, vamos conversar com todos que fazem o MDB no Brasil para que marchem juntos. Defendemos que todos os estados estejam com Lula e vamos fazer essa conversa com todos os integrantes do partido — afirmou o governador, ao chegar para a reunião.

Estavam presentes no encontro lideranças dos estados do Amazonas, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo e Rio. O ex-senador Eunício Oliveira (CE) afirmou que estava representando o ex-senador Garibaldi Alves Filho, do Rio Grande do Norte, que está com gripe. O senador Eduardo Braga (AM) disse que o governador do Pará, Hélder Barbalho, e o senador Jader Barbalho estiveram com Lula na semana passada e declararam apoio ao petista.

— Todos os estados aqui mencionados estão vindo até a presença do senhor no dia de hoje pelo fato de que tomamos a decisão de apoiar a sua candidatura. Portanto, nós temos aqui 11 estados representados do MDB comprometidos com um projeto de Brasil que todos queremos — disse Braga, na abertura do encontro, se dirigindo a Lula.

Na sequência, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, agradeceu a inciativa e ressaltou que respeita a candidatura de Tebet, mas diante do cenário atual político é "muito importante" ter o apoio do MDB.

Estavam presentes os líderes das bancadas do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), e no Senado, Braga. A presença de representante de um estado não significa adesão completa do diretório local à candidatura de Lula. O deputado licenciado Leonardo Picciani, presidente do MDB no Rio, por exemplo, participou. Porém, o partido tem uma ala bolsonarista no estado. Inclusive, a legenda fechou aliança para indicar o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis vice na chapa do governador Cláudio Castro, do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

Na semana passada, os medebistas apoiadores de Lula chegaram a anunciar que o diretório de Pernambuco do partido também iria aderir ao petista. Mas o presidente do partido no estado, deputado Raul Henry, é defensor da candidatura de Tebet e não participou da reunião desta segunda-feira.

Estavam no encontro três pré-candidatos a governador: Braga, Dantas, que disputa a reeleição, e Veneziano Vital do Rêgo, da Paraíba. Também participaram dois postulantes a uma vaga no Senado: Eunício e Renan Filho, de Alagoas.

Em alguns estados, a liderança presente não comanda o diretório local. É o caso do Maranhão. Quem esteve no encontro com Lula foi o ex-ministro Edison Lobão, e a presidente do MDB do estado é a ex-governadora Roseana Sarney. Da Bahia, o participante foi o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O diretório baiano do MDB é comandado por Alex Futuca.

O PT se alia ao MDB, partido da burguesia escravocrata, na busca de apoio para a chapa Lula-Alckmin, escancarando mais uma vez o que o ex-presidente disse: que a sua campanha não é da esquerda.

Esse partido tem em seu histórico mais recente uma forte atuação no golpe institucional de 2016, que aprofundou a crise, aprovou e atacou a classe trabalhadora e a juventude de conjunto, com as reformas trabalhista e do Ensino Médio, medidas sancionadas no governo Temer, assim que assumiu após o golpe.

Se colocando de forma independente do PT e da sua política de conciliação de classes, nós o Esquerda Diário e do MRT, fomos parte do setor que lutou contra o golpe institucional de 2016, e por isso nessas eleições colocamos novamente a importância de batalhar por uma saída de independência de classe e não de perdão e aliança, com os setores que mais atacaram e precarizaram a vida da nossa classe e dos setores mais pobres e oprimidos do país.

Nesse sentido, as pré-candidaturas do MRT pelo Polo Socialista e Revolucionário vêm colocando em primeiro lugar a necessidade da revogação das reformas como a trabalhista,que Lula-Alckmin já prometeram que não vão revogar.

A saída da crise só poderá vir, unicamente, pela mão dos trabalhadores organizados, lutando pelos seus direitos, com o controle operário e democrático dos principais setores da economia para que possamos ter uma produção e distribuição organizadas e racionais, voltadas para combater a fome e a miséria do país, bem como o fim da precarização laboral devastadora, das jornadas de trabalho exaustivas e o do desemprego.

 
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