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Eleições 2022
Continuando demagogia eleitoreira, Bolsonaro se reúne com diplomatas para deslegitimar urnas eletrônicas
Redação

Seguindo estratégia de gerar desconfianças do sistema eleitoral, em caso de eventual derrota, Bolsonaro se reúne com diplomatas estrangeiros para apresentar informações sobre urnas eletrônicas.

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A reunião aconteceu nesta segunda-feira (18) em Brasília e oficialmente foi relatado por Bolsonaro em live que explicaria aos embaixadores "como é o sistema eleitoral brasileiro", ele disse que seria "um PowerPoint mostrando tudo o que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como essas participações dos nossos ministros do TSE, que são do Supremo, sobre o sistema eleitoral".

Ao ser proucurado pelo G1, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou que Bolsonaro "está no direito de se manifestar" e que ele tem um "estilo muito direto". "E ele achou que era o caso de fazer um briefing sobre segurança para os embaixadores". Perguntado se a reunião não traria mais prejuízos à imagem do Brasil, o ministro respondeu que sistemas eletrônicos sofrem ataques em diferentes áreas e que acredita que a ideia do presidente é discutir o aperfeiçoamento das urnas.

A assessoria de Paulo Sérgio, ministro da Defesa, confirmou sua participação neste encontro. O militar foi chamado para integrar o comitê do TSE sobre fiscalização das eleições.

Esse "briefing sobre segurança" nada mais é do que a utilização da mesma estratégia de Trump nos EUA de deslegitimação dos resultados eleitorais em caso possível de derrota nas urnas.

Bolsonaro vem tentando tanto melhorar suas reputação amarrando eleitoralmente os setores sociais que apresentam mais chances de serem sua base de sustentação, através, por exemplo, da PEC Kamikaze quanto buscar ainda mais fortemente deslegitimar os métodos das eleições parlamentares, como faz desde o início de seu governo com discurso golpista.

O caminho para derrotar Bolsonaro, a extrema-direita e os militares e toda sua esdrúxula demagogia tem que se dar totalmente separado de Alckmin, a direita e os patrões. É preciso organizar a força dos trabalhadores, das mulheres, negros, indígenas, da juventude e LGBTQIAP+. Construir uma esquerda socialista e revolucionária com independência de classe.

 
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