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Argentina
Myriam Bregman do PTS-FIT: "Falta a voz da classe trabalhadora, e 9 de julho nos encontrarão nas ruas"
Redação

Myriam Bregman, deputada federal do PTS na Frente de Izquierda argentina, interveio na sessão da Câmara dos Deputados desta terça-feira. Criticou duramente a comunhão de interesses entre a coalizão peronista-kirchnerista (Frente de Todos) e a oposição de direita na subordinação do país aos ajustes do FMI, e mostrou que os trabalhadores estarão nas ruas dia 9 para rechaçar esse plano.

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"Estamos enfrentando as conseqüências previsíveis do acordo assinado com o FMI. Um acordo inflacionário, deliberadamente recessivo e que vincula toda a economia à obtenção de dólares para o Fundo", disse Bregman.

"Este governo [Alberto Fernández-Cristina Kirchner], que tomou posse prometendo encher a geladeira, falhou miseravelmente. Não há saída junto ao FMI", explicou a deputada.

Para entender a crise argentina: O ministro da Economia da Argentina renuncia: um símbolo do fracasso do acordo com o FMI

Bregman denunciou que "o FMI não serviu para nada e Guzmán [ex-ministro da economia] está sendo devorado", e acrescentou "há algo a destacar porque o acordo com o Fundo não foi mágico, que alguém veio aqui e votou a favor, foi construído tijolo por tijolo neste Congresso, a primeira coisa que fez e votou este governo da Frente de Todos foi a favor de baixar as pensões, mudar a fórmula de mobilidade porque foi a primeira exigência do FMI, depois veio um orçamento de ajuste e eles votaram a favor. É claro que, após os resultados das eleições de 2021, eles perceberam que havia um ajuste e que as pessoas podiam senti-lo em seus bolsos".

Bregman destacou que "no dia 13 de julho, os patrões agrícolas irão para as ruas, as empresas de transporte já estão nas ruas e o setor financeiro, sem falar em aproveitar os benefícios da lei Martínez de Hoz que ninguém ousou tocar durante todos estes anos. Falta uma voz e é a voz da classe trabalhadora, é a voz daqueles que trabalham neste país e dos únicos que geram riqueza".

"Só vemos os líderes da CGT e do CTA comendo sanduíches nos atos oficiais, é uma vergonha, enquanto abaixo os motoristas de ônibus da linha 60 e os professores de todo o país, especialmente em La Rioja também estão lutando, nestes dias vimos na empresa Arcor, Bangley de Córdoba, os estivadores do terminal 5, e eu poderia citar muitos mais trabalhadores que saem para lutar. É por isso que neste 9 de julho nos encontrarão nas ruas. Enquanto alguns vão celebrar na embaixada dos EUA, nós vamos estar nas ruas dizendo que queremos um plano de luta e uma greve nacional, porque a voz que está faltando deve ser trazida à tona, porque a única solução progressista para os grandes problemas que este país tem pode ser dada pela classe trabalhadora".

 
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