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OPERÁRIOS EM LUTA
Metalúrgicos fazem ato no centro de Campinas
Redação Campinas e região

Na última quinta, cerca de 200 pessoas participaram um importante ato no centro de Campinas convocado pelo Sindicato de Metalúrgicos de Campinas na Semana Mundial de Prevenção e Combate as Lesões por Esforço Repetitivo/DORT.

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A grande maioria do ato era composta por metalúrgicos da MABE de Hortolândia e Campinas, que acampam há dois meses e a algumas semanas ocupam as plantas contra o golpe que a empresa busca dar através da declaração de falência. Com um ritmo de produção intenso de fogões e geladeiras, são centenas de lesionados com ombros, joelhos, braços e colunas afetados, trabalhadores mutilados e com doenças psíquicas na empresa. Outra parte do ato era composta de trabalhadores da empresa Hunter Douglas, onde estão em greve contra a mudança do Sindicato dos Metalúrgicos para o Sindicato de Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Montagem e Mobiliário de Campinas e Região (Sinticom).

Em cada relato na fábrica, a indignação de quem deixou boa parte da vida, a saúde e o corpo naquela indústria. Talvez por isso a raiva e a força dos operários da MABE se fez presente durante todo o ato, com uma “maré azul” tomando as ruas do centro e mostrando que os trabalhadores seguem resistindo, como podem ver nos relatos em nossa reportagem.

O Movimento Revolucionário de Trabalhadores esteve mais uma vez presente ao lado dos trabalhadores, junto com outros sindicatos e movimentos. Como disse o professor da rede pública João de Regina durante o ato, em cada escola do DIC e de Campinas que estamos , não existe um aluno e um professor que não saiba o que vem acontecendo na MABE, e a solidariedade, nas doações, fotos e gestos, é enorme. Em um momento de grande polarização social do país, João também denunciou como os diferentes governos que deram bilhões de subsídio para a produção de linha branca, hoje nada fazem para garantir os empregos e direitos dos trabalhadores.

Tatiane Lopes, estudante da Unicamp e militante da Juventude às Ruas, também relatou o quanto a convivência e luta cotidiana lado a lado com os operários tem sido uma grande escola de solidariedade e de aprendizado para a nova geração da juventude que ocupou as escolas e que agora vai as fábricas, arrecadando alimentos, dividindo as angustias e conversas, parando rodovias de madrugada .

O ato terminou com os metalúrgicos da MABE denunciando o calote de Berrondo, queimando camisetas da MABE com o seu nome. Também esteve presente uma importante delegação de metalúrgicos da Hunter Douglas, que se enfrentam contra a patronal que busca dividir os trabalhadores, tentando impor uma mudança de base sindical para a construção civil, de braços dados com a CUT contra os trabalhadores.

Veja a seguir vídeos com declarações durante o ato:

José Carlos, trabalhador da MABE

Lobinho, trabalhador da MABE

João de Regina, professor de Campinas e militante do MRT

Tatiane Lima, coordenadora do CACH/Unicamp e militante do MRT

Siga em nosso portal as próximas atividades da luta dos trabalhadores da MABE e novas coberturas.

 
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