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Disputa dos de cima
Fachin faz novos acenos aos militares sobre as eleições
Redação
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Nesta segunda (13), o ministro do STF e presidente do TSE, Luiz Edson Fachin, enviou para o Ministério da Defesa um ofício em resposta às considerações que o ministro da pasta, Paulo Sérgio Nogueira, enviou ao TSE. No ofício, Fachin agradeceu pelas considerações do ministro e que tem uma “elevada consideração’’ pelas Forças Armadas, e disse que o diálogo é necessário para fortalecer a democracia.

"Renovo [...] os nossos respeitosos cumprimentos a vossa excelência [ministro da Defesa], igualmente expressando nossa elevada consideração às Forças Armadas e a todas as instituições do estado democrático de direito no Brasil", afirmou Fachin no ofício a Paulo Sérgio Nogueira.

Nogueira fala na carta que as Forças Armadas não se sentem “devidamente prestigiadas” pelo o TSE, colocando mais os atritos e disputas entre o governo Bolsonaro com as demais alas do regime político que vem se agudizando ao longo das últimas semanas. Os militares haviam sido convidados pelo o TSE para acompanharem questões técnicas sobre a apuração dos votos para as eleições deste ano, uma medida que tomaram no meio dos atritos entre os dois setores, já que os militares que são a base de sustentação do governo Bolsonaro, vem aumentando o tom na sua retórica pelo o voto impresso e por uma apuração paralela das votações. O aceno que Fachin dá aos militares diminui um pouco o tom dos atritos, mas não acaba com eles, mostrando mesmo a diferentes frações que existem tanto dentro do STF, como dentro das Forças Armadas que atuam pelo os seus interesses.

A declaração ainda em dizer que as Forças Armadas irão garantir a democracia é algo totalmente absurdo vendo o próprio papel que os militares tem dentro do regime do Golpe Institucional, onde tutelaram o processo eleitoral de 2018, fazendo ameaças ao STF caso aprovasse o habeas corpus de Lula e permitisse que concorre-se as eleições daquele ano. Da mesma forma adotou o poder judiciário que manipulou todo o processo prendendo Lula e impedindo que concorre-se, chegando até os absurdos de não deixar nem ser entrevistado. Todos esse processo abriu caminho para Bolsonaro assumir a presidência.

Como já colocamos várias vezes aqui no Esquerda Diário, as disputas entre o governo e o STF não passam de um verdadeiro teatro frente as eleições e o aumento da retórica golpista do bolsonarismo. Enquanto isso, os militares já estão ocupando cada vez mais espaços dentro da política, tendo generais, como Braga Netto à frente das principais pastas do Poder Executivo. Ao mesmo tempo, todas essas alas estão juntas em seguir com o projeto neoliberal de ajustes e ataques contra a classe trabalhadora, aplicando reformas e privatizações, enquanto a população sofre com a alta da fome e o desemprego.

Diante de todo esse teatro e todos os ataques impostos à classe trabalhadora, temos que organizar a luta contra todo esse regime degradado. SE enfrentando contra Bolsonaro, os militares, o STF e o Congresso.Somente através da Luta e auto-organização dos trabalhadores podemos barrar e revogar todas as reformas e privatizações que estão sendo aplicadas. A CUT, que é dirigida pelo PT, tem que romper sua paralisia eleitoral, onde está canalizando toda revolta e insatisfação com Bolsonaro para a estratégia eleitoral de Lula que está nada mais e nada menos que Geraldo Alckmin que é um privatista e inimigo dos trabalhadores. É necessário um plano de luta e organizar os trabalhadores em assembleias de base para que se mobilizem e tomem essa luta nas mãos, fazendo que seja os capitalistas que paguem pela crise.

 
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