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País da fome
São 33 milhões de pessoas amargando a fome, número que dobrou durante Governo Bolsonaro
Redação

O estudo mostra que desde o inicio da pandemia, em 2020, são 14 milhões de pessoas que não tem o que comer diariamente no país, atingindo principalmente os lares de famílias negras. Enquanto isso, Bolsonaro corta de programas sociais de combate à fome para agradar sua base do agronegócio e demais capitalistas que lucram com a fome e a miséria.

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Levantamento divulgado nesta quarta-feira (8), aponta que 33,1 milhões de pessoas no país (15,5% da população) não têm o que comer diariamente, 14 milhões a mais do que em 2020. O país governado pela extrema-direita de Bolsonaro, dos militares, do negacionismo, mas também do centrão, do STF, da reforma trabalhista, das privatizações, levam essas milhões de pessoas a passar fome, enquanto banqueiros e latifundiários batem recordes de lucro. A mesma inflação que joga o preço dos alimentos para cima, tornando cada vez mais difícil de comprar, é o que aumenta o lucro de um punhado de capitalistas que lucram com a miséria.

Os dados são parte do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede PENSSAN. O primeiro relatório, de abril de 2021, registrou 19 milhões de brasileiros passando fome, 9 milhões a mais que em 2018. Neste ano, a pesquisa contou com a visita a 12.745 domicílios de 577 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal.

Outro dado alarmante da pesquisa é que 58,7% da população (125,2 milhões) convive com algum grau de insegurança alimentar. Esse dado considera pessoas que já passam fome, estão preocupadas com a possibilidade de não ter o que comer e/ou tem uma alimentação diária abaixo do necessário. Um dado brutal, que atinge principalmente as famílias negras do país, escancarando o racismo desse sistema capitalista. O estudo aponta que 65% das casas comandadas por pessoas negras convivem com alguma restrição alimentar, e 63% das casas comandadas por mulheres também.

Enquanto a população sofre com a fome, Bolsonaro praticamente zerou o orçamento do Alimenta Brasil, programa voltado para compra da produção da agricultura familiar e doação para pessoas com insegurança alimenta e nutricional, como denunciamos aqui, tudo para atender aos interesses do latifúndio e seus aliados capitalistas. Vale ressaltar, que mesmo que a pandemia tenha agravado esse quadro, também revela a perversidade do capitalismo, pois enquanto dobra o alcance da fome no país, o Brasil ganhou dez novos bilionários.

 
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