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128 vítimas na maior tragédia capitalista do século em Pernambuco: a culpa é dos governos
Redação
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Hoje se encerraram as buscas dos corpos das vítimas desaparecidas na tragédia que assolou Recife nas últimas semanas. Das 128 vítimas, a maior parte morreu nos deslizamentos de barreiras, soterrados nesta tragédia que não pode ser vista como “natural”.

Além dos 128 mortos, a tragédia deixou mais de 9 mil pessoas desabrigadas em 34 cidades que tiveram decretada situação de emergência.

Apesar de divulgadas como mortes diante de uma “tragédia natural”, os culpados têm nome e endereço, além de serem parte de um sistema que possui todas as condições para prever fenômenos naturais e, principalmente, evitar suas consequências.

As enchentes e desabamentos no Brasil acontecem ano após ano. Não é novidade para nenhum político. Em Pernambuco não é diferente. Mas o governador Paulo Câmara e o prefeito de Recife, João Campos, ambos do PSB, sempre tiveram em mãos o enorme número de casas em situação de risco, nas encostas dos morros e na beira dos rios. O PSB, partido oficial da oligarquia regional, está no governo de Pernambuco há 16 anos. O risco crônico das enchentes e deslizamentos fazem parte do plano de governo do PSB e da burguesia pernambucana.

Mas a omissão não é diferente para o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira do PL, e nem de Lupércio Carlos do Nascimento, prefeito de Olinda do Solidariedade, ou então do Inácio Manoel do Nascimento, prefeito de Nazaré da Mata, também do Solidariedade, ou ainda de Marinaldo Rosendo do PP, prefeito de Timbaúba. Todos esses, dos chamados “progressistas” até a direita e extrema direita, passando também pelo centrão, são responsáveis e cúmplices do desastre em Pernambuco.

Chover é um fenômeno natural, mas deixar tamanha população vulnerável a seus efeitos não. Morrer por conta da chuva não é natural.

Casos como esse mostram a urgência de enfrentar a calamidade ambiental imposta pelo capitalismo até o final. É mais que urgente uma grande reforma agrária e uma reforma urbana radical para acabar com o latifúndio e permitir terra e moradia aos que mais precisam, reorganizando a propriedade e seu uso de forma a atender à maioria da população, para que tragédias como essa não mais aconteçam.

Leia também: De Petrópolis a Recife: tragédias capitalistas que mostram a urgência de uma reforma urbana radical.

 
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