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Justiça por Genivaldo
Depois do assassinato de Genivaldo, diretores da PRF são dispensados de seus cargos e irão ser diplomatas nos EUA
Redação

Depois da tortura e assassinato de Genivaldo de Jesus Santos pela Policia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe, na mesma semana da segunda maior chacina no RJ, na Vila Cruzeiro, o número de absurdos saídos do governo, aliado ás policias e aos militares, os diretores da PRF foram estrategicamente dispensados de seus cargos para cumprir a função de oficiais de ligação em Washington, nos EUA.

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Jean Coelho, diretor executivo, e Allan da Mota Rebello, diretor de inteligência, foram dispensados da Polícia Rodoviária Federal, nesta terça-feira (31). A PRF nega que as dispensas tenham relação com a tortura e assassinato de Genivaldo de Jesus Santos.

Genivaldo que foi asfixiado dentro do porta malas da viatura da PRF, e teve seu assassinato nomeado pela mesma de “técnica de imobilização e menor potencial ofensivo”, discurso que teve que ser revertido após a repercussão do caso, é só mais um dos milhares de exemplos do caráter racista da polícia, que é endossado pelo governo de Bolsonaro e tem apoio de toda a direita.

Saiba mais: Ministério e PRF soltam “justificativa” grotesca e chamam tortura de “técnica de imobilização e menor potencial ofensivo”

Primeiro a polícia declara que não vê motivos para a prisão dos assassinos de Genivaldo, e agora dispensa os diretores responsáveis pela PRF que torturou e executou Genivaldo. A polícia nega que a dispensa seja alguma forma de “punição” pelo ocorrido, bem longe disso, essas dispensas servem bem aos interesses de Bolsonaro, os dois diretores estarão cumprindo papéis diplomáticos nos EUA, bem longe de todo o sangue que suas direções derramaram.

Nem Bolsonaro e nem a polícia assassina que compõe a sua base estão preocupados com a vida de Genivaldo, ou dos 26 mortos na Vila Cruzeiro, ou dos 29 mortos no Jacarezinho, RJ, ou dos milhares de mortos todos os anos pelas operações assassinas da polícia. Bolsonaro e sua base compartilham do discurso horroroso de que a polícia age contra “marginais”, o antigo discurso que “bandido bom é bandido morto”, e se for negro é bandido com certeza. Essa é a ideologia racista da polícia e do governo de extrema direita de Bolsonaro.

Veja: Bolsonaro chama Genivaldo de "marginal" e diz que PRF assassina faz "um trabalho excepcional"

Fica claro que para enfrentar a violência policial no país é necessário enfrentar a Bolsonaro e toda a extrema direita. Mas essa derrota não se resume às urnas e muito menos á alianças com a direita entusiasta da violência policial, como faz Lula se aliando com Geraldo Alckmin, espancador de professores e trabalhadores sem teto, e responsável por governar uma das polícias mais violentas de São Paulo.

Apenas o fim da polícia e do capitalismo poderá de fato por fim a esse tipo de tragédias, para isso as centrais sindicais e entidades do movimento estudantil precisam sair de suas paralisia e de seus métodos eleitoreiros e organizar a classe trabalhadora e a juventude, para que com os métodos da luta de classes ocorra o real enfrentamento a Bolsonaro e a extrema-direita.

 
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