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América Latina
Outsider Rodolfo Hernández vai com Gustavo Petro ao segundo turno das eleições presidenciais da Colômbia
Redação

Com 99,59% das urnas apuradas, segundo o site oficial do Registo Colombiano, Gustavo Petro, considerado de centro-esquerda, obteve 40,33% dos votos a nível nacional e Rodolfo Hernández, representante da extrema-direita e milionário empresário da construção civil ficou com 28,18%. Federico Gutiérrez, da tradicional direita colombiana para Equipo Colombia atingindo 23,87% e Centro Esperanza com Sergio Fajardo 4,20%.

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Gustavo Petro obteve um pouco mais do que a votação que a maioria das pesquisas previa, mas mesmo com a alta porcentagem, o fato de Rodolfo Hernández ter ido para o segundo turno coloca Petro em sérios apuros, já que o ex-prefeito de Bucaramanga pode canalizar todo o setor eleitoral da direita e grande parte do centro. Além disso, é de conhecimento público que Rodolfo Hernández costumava manter boas relações com o Uribismo.

Segundo pesquisa do CNC realizada uma semana antes das eleições, em um cenário Petro versus Hernández, 63,4% dos eleitores de Federico Gutiérrez apoiariam o segundo e apenas 7,9% apoiariam o líder do Pacto Histórico. Quanto aos votos de Fajardo, 51% seriam de Hernández e 20,8% de Petro.

O fato central é que a direita clássica e tradicionalmente colombiana foi derrotada, o que tem a ver tanto com a gestão de Iván Duque, o ódio ao Uribismo, quanto com a rebelião na Colômbia em 2019 e 2021.

Nesse cenário, é mais do que provável que Gustavo Petro busque moderar seu discurso ainda mais do que vem fazendo, tentando conquistar o eleitorado centrista. Antes mesmo do primeiro turno, Petro vinha fazendo alianças políticas com setores que dizia questionar.

Estas eleições continuam a ser realizadas sob o espectro das massas que rondam as ruas e confrontam o Governo de Iván Duque e o regime político. Uma explosão social sem precedentes em um país onde as tensões internas se acumulavam junto com a deterioração acentuada das condições de vida de milhões de pessoas, acelerando todo um processo que resultou na irrupção do movimento de massas que abalaram não só o governo de Iván Duque, mas todo o regime político.

Nos próximos dias acompanharemos o desenvolvimento do segundo turno, que, para muitos analistas, trata-se de uma nova eleição.

 
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