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Tiroteio em escola
Ações de fabricantes de armas disparam frente à mais uma tragédia capitalista nos EUA
Redação

Depois de mais um ataque que vitimou 21 pessoas no Texas, sendo 19 crianças entre 5 e 10 anos, ações de empresas como Smith & Wesson, Vista Outdoor e Sturm Ruger tiveram aumentos entre 4% e 7%. Massacre promovido pela irracionalidade do imperialismo estadunidense em sua política de armamento da população, alimentando e patrocinando a sanha belicista em inúmeras invasões a outros países durante décadas.

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Foto: Marco Bello / REUTERS

Na última quarta-feira (25/05), os Estados Unidos viram as ações de fabricantes de armas e munições subirem consideravelmente. Empresas como Smith & Wesson e a Vista Outdoor tiveram um aumento de 7%, enquanto a Sturm Ruger subiu 4%, de acordo com uma reportagem publicada no The New York Times.

A valorização gradativa das ações da indústria armamentista acontece no dia seguinte a um dos maiores tiroteios em massa da história dos EUA. O ataque, que aconteceu em uma escola primária na cidade de Uvalde, no Texas, deixou um total de 21 mortos. Entre eles, 19 crianças de cinco a dez anos, e dois adultos.

Segundo o mesmo New York Times, a venda de armas em países como os EUA tende a aumentar após episódios como o do tiroteio nos Texas, pois a população prevê a criação de leis que podem restringir o acesso a armas de fogo após esses atentados. O aumento das ações não é uma resposta do mercado em decorrência de eventuais restrições mas pelo aumento exponencial nas vendas de armamentos e munições em todo país.

A Taurus, fabricante brasileira de armas, teve um crescimento de 1.300% em suas ações nos últimos quatro anos, sendo boa parte desses resultados atribuídos às flexibilizações promovidas pelo governo Bolsonaro desde 2018 com relação a aquisição e posse de armas no país.

Pode te interessar: O ataque a uma escola no Texas: as causas em um país armado até os dentes

Voltando aos EUA, as políticas de guerra para fora e vigilância para dentro, "em defesa da democracia estadunidense", penetraram profundamente em uma sociedade atravessada pela crise social e pela decadência. O Estado enfrenta o dilema de ter que desarmar, entre outros, a milhares de ex-combatentes da "guerra contra o terrorismo", que regressaram depois de invadir, assassinar e violar em nome da "liberdade". Como desarmar as milícias e bancos de supremacistas brancos que estão convencidos de atuar em legítima defesa dos "valores americanos" que o Estado defende além de suas fronteiras?

O Partido Democrata reduziu a questão ao debate sobre o controle do direito individual de portar armas e aumentar as restrições para a compra de armas. O mesmo partido que no governo gasta milhões para financiar o abastecimento de armas à Ucrânia, via OTAN.

Ao reduzir a questão a essa dicotomia, a favor ou contra de um maior controle das armas, ficam de lado as raízes da violência em um país cujo Estado se fundou no racismo e na guerra imperialista. Os EUA é uma sociedade profundamente polarizada, onde uma minoria detém o poder econômico e político, concentrado em um punhado de empresas e grandes bancos, e a polarização social e política somente se aprofundou com a pandemia.

 
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