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Bolsonaro quer ajuda de bilionário Elon Musk para destruir a Amazônia
Redação

Bolsonaro se encontra com Elon Musk nesta sexta-feira

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Bolsonaro (e supostamente mais uma dezena de milionários e bilionários) tem um encontro marcado com o homem mais rico do mundo, Elon Musk, nesta sexta-feira. Nem no Twitter de Elon Musk nem nos jornais o encontro estava totalmente confirmado. A fonte da informação era o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e uma menção do encontro em uma das lives semanais de Bolsonaro. Até que hoje, por volta das 9h, a aeronave de Musk pousou em um aeroporto privado em São Roque.

Segundo o blog do Lauro Jardim, da Globo, uma dezena de capitalistas brasileiros também participariam do encontro. A lista eclética e um tanto quanto esdrúxula figura donos de bancos ligados a grandes investimentos financeiros (BTG Pactual) ou de empresas de telecomunicações como a Tim, Oi e Claro, até donos de comércios do ramo do atacarejo como Flávio Rocha (Riachuello).

Segue essa lista: André Esteves - BTG Pactual; Alberto Leite - FS; Ricardo Faria - Granja Faria; Zeco Auriemo - Grupo JHSF; Flávio Rocha - Riachuelo; Carlos Sanchez - EMS; Rubens Ometto - Cosan; Rubens Menin - MTV e Inter; Carlos Fonseca - Galápagos; Rodrigo Abreu – Oi; José Félix – Claro; Pietro Labriola – TIM ; Alberto Griselli – TIM Brasil.

Para onde iria um #BolsoMusk?

Elon Musk sempre votou nos democratas, e recentemente mudou de posição, afirmando que votará nos Republicanos. Em seu Twitter, afirmou que o ideal seria uma alternativa "mais de centro", mas que ela não seria possível nos EUA. Entre um e outro tweet, Elon Musk tem atacado a "militância" e o "ativismo" em geral, relacionando-os com o Partido Democrata.

As declarações em primeiro lugar são em resposta à uma denúncia de assédio sexual, feita por uma comissária de bordo da SpaceX contra Musk. Além disso, também parecem refletir as preocupações dos bilionários norte-americanos com a nova tendência de sindicalização, expressa recentemente com a criação do sindicato da Amazon em clara oposição a Jeff Bezos - competidor de Musk, mas ao mesmo tempo aliado quando o assunto é atacar os direitos desses trabalhadores das empresas de tecnologia.

Bolsonaro, por sua vez, faz de tudo para ter um patrono imperialista. Os bolsonaristas ficaram felizes com a possível compra do Twitter por Musk, mesmo com o bilionário, depois, ter acusado a plataforma de ser complacente com o uso de robôs, ameaçando romper a negociação.

Bolsonaro é mal visto dentro e fora do país pela sua política relacionada à Amazônia, e tem buscado aparecer com alguma coisa para resolver este problema antes das eleições. A política claramente é de capitalizar em cima da destruição, tentar mostrar que é possível lucrar em cima do desmatamento, dos ataques aos povos indígenas, das queimadas e do garimpo.

O que Elon Musk poderia ter para oferecer neste terreno? Com a SpaceX, na realidade, a Amazônia poderia ser mapeada e monitorada. Na realidade, ingênuo é quem pensa que os satélites de Musk já não são usados mundo afora para mapear as riquezas naturais de países semicoloniais explorados pelo imperialismo.

A dúvida é se há interesse do empresário do ramo de tecnologia, a voltar a investir neste tipo de negócio. Afinal, foi com a exploração de diamantes na África que o pai de Musk pôde acumular toda a riqueza que serviu de base para o império capitalista do filho.

 
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