Foto: Jornal O Globo

Um atirador branco usando roupas camufladas de estilo militar e que define a si mesmo como fascista, supremacista e antissemita, se dirigiu a um supermercado em Buffalo, segunda maior cidade do estado de nova Iorque em um bairro de população majoritariamente negra, e abriu fogo contra as pessoas, deixando mortos 10 e 3 feridos, destes 11 negros e 2 brancos.

O atirador racista de apenas 18 anos tinha um fuzil e uma câmera em seu capacete que usou para transmitir o massacre ao vivo. Ele escreveu um manifesto de 180 páginas sobre sua ação, que publicou na internet, onde detalha o massacre e não esconde sua inspiração em outros massacres de cunho racista e na teoria racista da “grande substituição” um delírio que diz que o propósito antirracista é eliminar as raças brancas.

Isso é uma expressão da extrema-direita nos EUA que não acabou com a derrota eleitoral de Trump e a vitória dos democratas Joe Biden e Kamala Harris. O “trumpismo” não só não foi derrotado como segue se fortalecendo. Isso só mostra com mais força que quem derrotou o Trump foi a força do Black Lives Matter e não a política reformista de Biden.

A força do movimento negro em meio a pandemia do coronavírus, no centro do imperialismo norte americano foi o que derrotou Donald Trump. Biden que surge para apaziguar a situação com seu suposto governo progressista e sua vice Kamala Harris que tem a honra de ser a primeira mulher negra a bombardear a Síria, só deixa a cada dia mais claro que o caminho para enfrentar a extrema direita não se dará através da manutenção do capitalismo, esse sistema que se fundou nas bases do racismo. O Black Lives Matter aponta um caminho de como enfrentar a extrema direita: nas ruas, na luta e com a força da classe trabalhadora.

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