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Meio Ambiente
Desmatamento da Amazônia bate recorde novamente: mais de 100 hectares só em abril
Redação

Trata-se da primeira vez que nas medições oficiais os alertas indicam mais de 1 mil km² em abril, época normalmente de baixa no desmatamento, de acordo com os dados do sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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Segundo especialistas, esse é um cenário atípico porque abril é um mês de chuvas na Amazônia, quando o ritmo destrutivo das motosserras naturalmente diminui. "Antes do governo Bolsonaro, era raro um dado mensal de alertas ultrapassar 1.000 km² até mesmo na estação seca", diz o Observatório do Clima. O desmatamento no atual governo é tamanho que já chega a 21 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

Alertas de desmatamento no mês de abril nos últimos anos:

  • 2019: 247 km²
  • 2020: 407 km²
  • 2021: 580 km²
  • 2022: 1.012 km²

O Observatório do Clima também aponta que nos últimos meses os recordes dos alertas vêm sendo batidos mês a mês desde agosto passado. Essa vem sendo a realidade diante de um governo que chega até mesmo a se utilizar da invasão russa à Ucrânia para defender grilagem e mineração em terra indígenas.

É importante mencionar também que o relatório do desmatamento de abril se dá ao mesmo tempo em que vem à tona mais um episódio de barbárie por parte de garimpeiros ilegais contra os povos indígenas amazônicos. No dia 25 de abril houve uma denúncia de que uma menina da comunidade Aracaçá, na região de Waikás, morreu após ser estuprada por garimpeiros. Depois da denúncia, a comunidade foi encontrada queimada e os indígenas que viviam desapareceram. Desde então, a hashtags "CADÊ OS YANOMAMI?" ganhou repercussão e tem mobilizado lideranças indígenas, autoridades, políticos, personalidades e movimentos sociais, que pedem justiça nas redes sociais. Também estão sendo convocadas mobilizações de rua para a próxima segunda-feira (9/5) em diversas cidades.

A máxima do "socialismo ou barbárie" é mais válida que nunca. Ou acabamos com o capitalismo ou ele acaba com nosso planeta e com as vidas das milhares das comunidades que se colocam barrando o caminho da exploração e do lucro.

Fatos como esses mostram a urgência de enfrentar os capitalistas antes que eles acabam com nosso planeta. No Brasil, o bolsonarismo, o garimpo, os madeireiros, mineradoras e o agronegócio, principais responsáveis pelo desmatamento e que atuam sistematicamente e sob o consentimento dos militares, devem ser combatidos com uma política de trabalhadores, com independência de classe.

 
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