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Prefeito Autoritário
Depois de proibir blocos de Carnaval, Eduardo Paes proíbe som nas praias e praças do Rio
Jean Barroso
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Em mais uma medida autoritária, Eduardo Paes proibiu por decreto a utilização de caixas de som nas praias e praças da cidade do Rio de Janeiro. Somente com autorização da prefeitura, segundo o decreto, é que aparelhos sonoros poderão ser utilizados nos espaços públicos da cidade.

Nem parece que o Rio é uma das principais capitais culturais do país, que antes disso já teve seus tradicionais blocos de carnaval rua proibidos pelo prefeito. Agora, com este decreto, Eduardo Paes busca perseguir artistas de rua que utilizam equipamentos sonoros em suas apresentações, além de atacar o lazer dos trabalhadores que, nos fins de semana, vão ás praias e levam a música consigo.

A cidade do Rio de Janeiro tem 72,3 km de extensão em praias, de forma que os banhistas que querem sossego podem muito bem encontrar um local tranquilo, ou simplesmente pedir educadamente para que o vizinho abaixe um pouco o volume. Mas com o decreto de Eduardo Paes, a Guarda Municipal poderá tomar os aparelhos sonoros e ainda vem uma multa de R$ 500,00.

A cidade também tem um sem número de praças no Rio aonde se apresenta todo tipo de arte, das apresentações mais modernas ao tradicional chorinho. Algumas grupos musicais têm décadas de história de apresentação nas ruas, existindo antes mesmo de Eduardo Paes pensar em ser prefeito da cidade.

O decreto de Paes, cabe dizer, é ilegal, pois entra em contradição com uma lei municipal que afirma que não é preciso autorização da prefeitura para utilizar este tipo de equipamento desde que limites de horário e decibéis (volume) durante a utilização dos equipamentos sejam respeitados. Mas vá explicar isso para um Guarda Municipal acostumado cotidianamente a bater em camelôs e ambulantes e roubar a mercadoria destes trabalhadores.

Enquanto isso, Eduardo Paes financia Igrejas Evangélicas, destinando recursos aos seus estes eventos como se estes fossem eventos "culturais". Cada vez mais, o prefeito que elegeu posando ao lado da imagem de Zé Pilintra, hoje se assemelha ao prefeito-Bispo Marcelo Crivella, nas suas perseguições à cultura popular do Rio. É arrocho salarial contra os servidores e ataque contra suas mobilizações, como foi contra a greve dos garis, e benesses para os capitalistas que apoiam sua gestão.

O Rio de Janeiro é a quarta capital com o aluguel mais caro do Brasil, muitos tem que viver em situações precárias, sem tempo para ter folga, enfrentando um transporte totalmente sucateado como o BRT, a falta de ônibus e os absurdos trens da SuperVia. E na hora do lazer, só pode curtir se for rico, construindo uma mansão em área de preservação ambiental ou fechando a porteira de ruas na Barra da Tijuca e proclamando que aquele espaço público agora é um condomínio privado. Na casa dos mais ricos a guarda não vai bater, pois é lá que estão os eleitores de Paes, os únicos contentes com a sua gestão.

 
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