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Eleições na França
Aliado de Marina e do "capitalismo verde", Macron é reeleito com índice de abstenção recorde
Redação

Macron, candidato apoiado por Marina Silva aqui no Brasil, venceu as eleições na França, com 28% de abstenção no segundo turno. Macron foi reeleito com apenas 38% dos votos totais, o nível mais baixo desde a eleição de Georges Pompidou, em 1969.

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O segundo turno das eleições francesas também aumentou o número de votos proporcionais da extrema direita de Marine Le Pen. Desconsiderando as abstenções, Macron obteve 58,6% dos votos válidos, enquanto Le Pen subiu para 42%, sendo que nas últimas eleições obteve 34%.

Mariene Le Pen moderou seu discurso xenofobico e nacionalista, mas manteve o conteúdo e suas própostas políticas reacionárias contra imigrantes. Porém o altíssimo número de abstenções foi com certeza o fator determinante, onde se concentra boa parte dos eleitores progressistas que recusaram dar seu apoio ao capitalismo verde de Macron.

O alto índice de abstenções revela uma insatisfação mais de fundo com a política francesa, colocando questionamentos desde baixo para a continuidade do governo de Macron e sua contribuição para a escalada beligerante imperialista desatada com a guerra na Ucrânia.

Saiba mais: "Nem Macron nem Le Pen!" Eleições francesas são marcadas por recorde de abstenções

A derrota de Le Pen, que em seu nacionalismo reacionário discursa contra UE, é um fortalecimento para a OTAN e para o bloco dos países imperialistas ocidentais, que utilizam da guerra reacionária iniciada por Putin na Ucrânia, para acelerar o armamentismo e suas influências no leste europeu.

Macron também conduziu um governo neoliberal marcado pela aplicação de ataques aos trabalhadores como a Reforma da Previdência, a securitização nacional repressiva (uma ofensiva governamental autoritária e racista) e a repressão policial ultra violenta aos movimentos sociais e das lutas de classe que correram o país; sem contar com as leis islamofóbicas e a dissolução de movimentos sociais.

Marina Silva (REDE Sustentabilidade) declarou voto a Macron mostrando sua afinidade pelo capital financeiro, ainda mais absurdo diante da demagogia verde, exposta em suas relações profundas com capitais imperialistas como o Banco Crédite Agricole, BNP Paribas, Guillemette & Cie, Groupe Rougier, Dreyfuss que devastam o meio ambiente, inclusive Amazônia, em nome dos lucros capitalistas.

O apoio de Marina Silva a política burguesa de Macron não é de se surpreender, visto que ela encabeça o partido burguês REDE Sustentabilidade aqui no Brasil que é um partido que tem uma política diretamente liberal, à serviço dos lucros capitalistas, votando a favor de inúmeros ataques anti-operários no Congresso, além de ser financiado pelo banco Itaú e ser contra a legalização do aborto.

O posicionamento, já esperado, de Marina Silva, também evidencia ainda mais as contradições e o caráter de diluição e liquidacionista do PSOL que selou uma federação com a REDE, defendendo seu programa nas eleições, durante os próximos 4 anos.

Enquanto ambos os candidatos realizam projetos de ataques diretos às conquistas sociais, o urgente é preparar um bloco de resistência que busque articular os setores em luta para se defender e contra-atacar os ataques que estão por vir, dando continuidade aos importantes processos de luta que esses últimos cinco anos.

 
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