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Escândalo no MEC
Pastor ligado ao bolsonarista Milton Ribeiro pediu 1kg de ouro para liberar verbas no MEC
Redação

Na escalada das denúncias no Ministério da Educação de pastores ligados a Milton Ribeiro formando um gabinete paralelo para liberação de verbas, o prefeito Gilberto Braga (PSDB) do município maranhense de Luis Domingues disse que Arilton Moura, assessor da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, pediu 1 kg de ouro e R$150 mil de adiantamento após liberação de recursos

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O valor em ouro equivale a mais de R$300 mil, fora o adiantamento. Isso enquanto aumentam os preços dos combustíveis e alimentos, a fome e o desemprego assolam os trabalhadores e o povo pobre do país. Ao mesmo tempo, Milton Ribeiro é também responsável pelos cortes bilionários nos orçamentos das universidades federais, bem como no avanço do projeto privatista da educação pública.

A declaração do prefeito foi dada ao jornal O Estado de S. Paulo, e a Folha confirmou com outras duas pessoas presentes no local onde o pedido de propina foi feito. O pedido de ouro em troca de liberações de recursos teria sido feito pelo pastor Arilton Moura, segundo o prefeito. Gilmar Santos e Arilton são presidente e assessor da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, respectivamente. Ambos têm negociado liberações de recursos federais para municípios mesmo não tendo cargos no governo, atuando como lobistas em um gabinete paralelo.

O sistema do MEC registra duas obras em execução no município. Outras duas, no valor total de R$ 4 milhões, tiveram empenhos aprovados no fim do ano passado. Os recursos são do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão ligado ao MEC controlado por políticos do centrão, e concentra os recursos federais destinados a transferências para municípios.

Mais um caso de corrupção no governo de Bolsonaro e Mourão, demonstrando toda a imoralidade burguesa das cúpulas evangélicas, toda a promiscuidade envolvendo as prefeituras e o centrão no "Brasil profundo", que enriquecem enquanto sucateiam a educação e impõe sua ideologia reacionária à juventude. O ministro busca com a ajuda dos pastores beneficiar os prefeitos apoiadores de Bolsonaro.

Essa denúncia vem seguida de uma série de escândalos envolvendo Milton Ribeiro, atual ministro da Educação e pastor presbiteriano. Ele afirmou em conversa gravada que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por Gilmar e Arilton que não têm cargo público e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC. Ou seja, atuam como lobistas em um gabinete paralelo, atendendo a uma solicitação especial do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo o áudio. Ouça-o aqui:

Não é de se surpreender. Afinal, o ministro já chegou a afirmar que a homossexualidade é "fruto de famílias desajustadas", além de ser autor de declarações transfóbicas. A instrumentalização do Ministério da Educação de acordo com os interesses e valores evangélico, passando por cima de qualquer caráter laico da educação e do Estado brasileiro, serve para garantir a imposição da religião na educação de milhares de crianças e jovens do país, além de servir como justificativa ideológica para o desmonte e privatização da educação pública.

Leia mais: Em áudio, Milton Ribeiro diz priorizar amigos de pastores no MEC, a pedido de Bolsonaro

 
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