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Educação
Os professores gaúchos têm todos os motivos para apoiar a greve da educação em MG!
Diego Nunes

Em todo o estado de MG educadoras e educadores batalham pelo seu reajuste salarial após 5 anos com salários congelados. A defasagem salarial passa dos 56% mas o que as professoras e funcionárias de escola estão exigindo é o pagamento do piso nacional do magistério fixado em R$3.845,63, o salário na educação em MG hoje é de R$2.135,64.

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Foto: Sind-ute\MG

Romeu Zema (Novo) ofereceu absurdos 10,6% e foi para a justiça para decretar a greve ilegal. Porém, as educadoras e educadores não se abalaram. Nesta segunda-feira (14) uma reunião entre governo e sindicato terminou sem acordo e em assembleia a categoria decidiu continuar a greve por tempo indeterminado. Enquanto isso, aqui no RS, a direção do Cpers segue em caravana para denunciar a mentira de Eduardo Leite (PSDB) sobre o reajuste extremamente desigual entre setores da categoria, uma clara política para nos dividir e enfraquecer. Concedeu 32% para apenas 14% da categoria e fez propaganda de que esse foi o reajuste para todos. A direção do sindicato (PT e PCdoB), porém, não mobilizou nada para a paralisação nacional da educação chamada pela CNTE para essa quarta-feira (16). Esse dia poderia ser um grande dia de luta nacional pela educação unificando as lutas em curso em todo o país, mas sequer a direção da CNTE se esforçou para mobilizar. O objetivo das direções petistas e seus aliados é canalizar todo o descontentamento para as urnas e não para as ruas. É preciso exigir dessas direções que saiam da paralisia e junto com as centrais sindicais construam uma paralisação nacional contra os ataques, aumentos de preços e carestia de vida da população.

Os educadores e educadoras de MG mostram o caminho, é preciso uma mobilização independente, pela base em cada local de trabalho. Somente assim abre-se a possibilidade de se superar as direções burocráticas e unificar forças para lutarmos por nós mesmos, que os colegas mineiros tomem essa greve nas próprias mãos. E que nós aqui no RS possamos nos auto organizar a partir de cada escola para lutarmos por um reajuste que recupere toda a inflação do período em que nosso salário ficou congelado, o salário está defasado em mais de 54% por aqui. É preciso exigir também reajuste para todos os funcionários que Leite excluiu totalmente da conta. Se tudo sobe, temos que exigir que nossos salários subam o mesmo percentual da inflação.

A categoria da educação pode ser a vanguarda para uma grande paralisação nacional, para que todos os trabalhadores possam exigir reposição salarial igual à inflação, divisão das horas de trabalho sem redução salarial, e direitos iguais entre mulheres e homens, negros e brancos, trabalhadores terceirizados, contratados e efetivos. Essa luta nacional da educação é necessária e precisa ser construída e mobilizada pela base, contra os cortes absurdos de Bolsonaro, contra a reforma do ensino médio e pela revogação total da reforma trabalhista e da previdência bem como todos os ataques contra nossa classe. Para isso é preciso que nós educadores, mas também outros setores da classe trabalhadora, possamos nos auto organizar em cada local de trabalho, para impor que as direções sindicais saiam da paralisia.

É preciso derrubar Bolsonaro e Mourão lutando nas ruas e em cada local de trabalho contra o regime do golpe que os colocou no poder, contra as reformas que descarregam a crise sobre nós, contra os regimes de recuperação fiscal dos estados e contra o pagamento da fraudulenta dívida pública que compromete metade do orçamento da União. É preciso nos enfrentarmos contra os interesses capitalistas, coisa que o PT nunca fez, e não será apenas nas urnas trocando os jogadores desse jogo sujo que faremos com que os capitalistas paguem pela crise, infelizmente são eles ou nós a pagar a conta, só que nós estamos pagando com nossas vidas. Podemos impor que eles paguem com as fortunas roubadas do nosso sangue e suor diariamente. Toda a solidariedade à greve dos educadores mineiros desde o Rio Grande do Sul!

 
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