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Conciliação de classes
Rede, partido financiado pelo Banco Itaú, aprova federação com o PSOL
Redação

No último sábado (12), o Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confirmou a decisão, de forma unânime, pela federação do partido com o PSOL. Esta confirmação é mais um passo no processo da capitulação que o PSOL, que demonstra que o centro de sua política, não é a independência de classe numa chave anticapitalista, mas sim as eleições, se aliando inclusive com partidos burgueses.

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Randolfe Rodrigues declarou que a decisão foi aprovada de forma unânime pelo partido de Marina Silva.

A federalização, que foi recentemente aprovada pelo congresso para este novo ciclo eleitoral, coloca que os partidos atuem em conjunto no período eleitoral, somando votos para conquistar mais vagas nas Câmaras e Assembleias. Diferente de uma coligação, a federação estabelece um compromisso político pelos próximos 4 anos após a eleição, atuando como se fosse uma única agremiação partidária. A lei da federação vem como uma salva-guarda, para partidos pequenos que, por conta da cláusula de barreira, estavam em perigo de serem extintos.

Portanto, está se firmando um compromisso de quatro anos entre o PSOL e a Rede, partido que apoiou o golpe institucional de 2016, apoiou a operação Lava-Jato, pivô do autoritarismo judicial conduzida pelo reacionário ex-ministro de Bolsonaro, o então juiz Sérgio Moro. Nos ataques que são frutos do golpe, como a reforma trabalhista, da previdência, a MP da morte de Bolsonaro, a Rede teve participação ativa, com parlamentares votando pela sua aprovação. Em São Paulo, a Rede votou a favor da reforma da previdência de Doria, que atacava direitos dos servidores e os serviços públicos.

Além disto este partido é financiado por Neca Satubal, herdeira do Banco Itaú, e por Guilherme Leal, fundador da Natura. Portanto, a independência de classe passa longe dessa “tática” do PSOL, que prioriza sobreviver eleitoralmente a defender uma política de esquerda anticapitalista.

Com estas últimas movimentações, o PSOL está rifando qualquer princípio mínimo de esquerda, ainda se subalternizando à política do PT, o que vem se tornado cada vez mais um motivo de debate entre as correntes internas do partido. Mas ainda, o debate se coloca no âmbito de apoiar a Lula desde o primeiro turno, ou apenas depois, não está colocada uma discussão política programática que coloque a superação da política de conciliação de classe do PT.

Por isso, em frente a capitulação do PSOL e a federalização com um partido burguês, são colocadas na ordem do dia as tarefas preparatórias de uma esquerda que defenda a independência de classe. Assim, se faz necessária a unidade dos setores da esquerda que também enfrentam a política petista, como o MRT debate no Polo Socialista e Revolucionário, para expressar uma unidade na luta de classes com um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

 
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