Nesta quarta-feira, dia 09/02, os trabalhadores da USP que estão em luta há semanas, desde o dia 12 de janeiro, realizam ato-vigília em frente à reitoria para acompanhar as negociações.
Nesta quarta-feira, dia 09/02, frente à situação do bandejão, os trabalhadores da USP que estão em luta há semanas, desde o dia 12 de janeiro, realizam ato-vigília em frente à reitoria para acompanhar as negociações.
A luta e a paralisação ocorre por conta do descaso da reitoria e da divisão de alimentos da SAS (Superintendência de Assistência Social da USP) que não fornece testes e nem garantias sanitárias para os trabalhadores frente ao surto de COVID que vem ocorrendo com a nova variante, além da crescente precarização do trabalho que vem ocorrendo fruto da reforma trabalhista. Após não conseguirem uma reunião com a antiga reitoria, os trabalhadores com muita luta realizaram a reunião para impor suas reivindicações à nova reitoria, de Carlos Gilberto Carlotti Júnior.
Além dos trabalhadores do bandejão que estavam reivindicando medidas que garantam um retorno seguro para suas atividades, também compareceram trabalhadores de outras unidades da USP, que estavam em solidariedade a essa situação, além de reivindicarem medidas como a testagem regular disponibilizada pela universidade, liberação dos setores não essenciais para evitar o risco de contaminação, afastamento dos trabalhadores que apresentam sintomas, CESEB e outros equipamentos de saúde da Universidade, além do abono das horas negativas de 2019.
O ato contou com dezenas de trabalhadores, além de estudantes militantes da Juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária, e da Rebeldia, assim como da entidade estudantil do CAELL. Tratando se de uma luta que é fundamental, pois não atinge somente os trabalhadores, mas também os estudantes moradores do CRUSP e frequentadores do bandejão que são expostos ao vírus, e de todos os outros setores da sociedade que sofrem com a pandemia; além de se tratar de um reflexo da cada vez maior precarização e elitização da Universidade, política essa encabeçada por Dória no Estado de São Paulo, e por Bolsonaro a nível federal.
Depois de algumas horas da reunião, a reitoria não tomaria nenhuma medida concreta de imediato, afirmando que iria discutir em outra comissão o tema da pandemia. Essas medidas colocam a necessidade dos trabalhadores sigam lutando por suas reivindicações, ainda mais pelo aumento de casos da COVID-19 e da recém volta de dezenas de funcionários que agora compartilham o mesmo espaço, aumentando o risco de contaminação.
Fala de Claudionor Brandão durante o ato dos trablhadores do bandejão da USP
Weliton, trabalhador do bandejão da USP, defende a unidade na luta pela vida
Fala do estudante João Salles em apoio à luta dos trabalhadores do bandejão da USP
Nalva, trabalhadora do bandejão da USP, fala sobre a luta pela saúde
Marcello Pablito fala em apoio aos trabalhadores do bandejão da USP
Fala de Chico do CAELL em apoio aos trabalhadores da USP
Fala da estudante Juliane Santos em apoio aos trabalhadores da USP
Vilma, Trabalhadora do bandejão da USP em defesa da saúde e da vida
Por outro lado, graças a força dessa luta e mobilização dos trabalhadores, este ato foi divulgado para setores amplos da imprensa, aparecendo em programas jornalísticos como no SPTV, fazendo também como que a reitoria se compromete-se a fazer uma nova reunião para tratar dos temas abordados, diferentemente do que vinha sendo a postura anterior de simplemente ignorar a situação de conjunto. Enquanto isso, foi aprovado em reunião de unidade a manutenção da paralisação dos trabalhadores do bandejão, seguindo nessa luta extremamente importante pela suas vidas.