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USP
Trabalhadores do bandejão da USP protestam contra o descaso da reitoria e exigem testagem
Redação

Nesta terça-feira (18), trabalhadores do restaurante universitário central da USP organizaram um ato em frente à reitoria contra o descaso da universidade em relação ao aumento de contaminações por covid-19 nas unidades. O ato contou com a presença de estudantes em apoio aos trabalhadores e exige que a USP faça testagens periódicas para garantir a segurança sanitária dos trabalhadores, junto ao afastamento imediato dos doentes e casos suspeitos.

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Na última semana foram confirmados mais de 13 casos de covid-19 só entre trabalhadores do bandejão da USP. Setores inteiros das unidades de ensino também tiveram vários contaminados de uma só vez. A política encabeçada pelos governos e seguida pela gestão da universidade não garante testagens massivas para evitar o aumento da contaminação.

A USP também não apresentou nenhum protocolo para tratar aqueles que tiveram contato com doentes, nem garantiu o afastamento do trabalho, favorecendo assim o contágio. Diante de tamanho descaso, os trabalhadores do restaurante decidiram paralisar suas atividades desde quarta-feira passada e junto com o Sindicato dos trabalhadores da USP (Sintusp) organizaram um ato em frente à reitoria exigindo a suspensão das atividades e um plano de testagem.

O crescimento de casos de covid-19 no país e o aumento do número de mortes por conta da nova variante, tem reflexos na USP e encontra o desmantelamento da universidade como um agravante. Isso porque, nos últimos anos, a universidade tem enfrentado uma onda de terceirização e uma forte redução no quadro de funcionários, fruto do teto de gastos, aprovado em 2017, que impôs um limite orçamentário nas contratações. Com efeito, essa política privatista precariza as condições de trabalho e saúde dos funcionários pela sobrecarga, ao mesmo tempo que desmantela e limita a capacidade de atendimento do hospital universitário.

No bandejão da USP, além da alta circulação de pessoas, que aumentará com o retorno presencial das atividades, uma série de trabalhadores fazem parte do grupo de risco por conta da idade avançada ou pela presença de alguma comorbidade. Nesse sentido, a resposta dada pela SAS e da Comissão Assessora da Reitoria de que esses trabalhadores não poderiam ser testados por não serem “contactantes próximos”, prova, mais uma vez, a negligência da USP com a vida daqueles que fazem a universidade funcionar de verdade.

É fundamental cercar de solidariedade a mobilização dos trabalhadores do bandejão, contra a política da reitoria que se alinha com os interesses do governo estadual de Doria e que, ao longo da pandemia, não se responsabilizou pela morte de trabalhadores terceirizados na universidade. Fazemos um chamado a todos os estudantes, entidades e organizações de esquerda a apoiarem a luta pelo plano de testagem, por contratações emergenciais para o Hospital Universitário e Centro de Saúde (Ceseb) e contra a precarização da universidade.

Na quinta-feira, dia 20 de janeiro, o Sintusp está chamando uma assembleia da categoria para discutir o aumento de casos e uma possível greve sanitária para lutar pela saúde e vida dos trabalhadores.

Leia também: A Reitoria da USP quer que trabalhemos com Covid: o que precisamos diante da ômicron

 
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