Nesta quarta-feira (13), o número de novos casos confirmados ultrapassou a marca vivida pelo estado no auge do colapso do sistema de saúde, que em março de 2021 chegou a 1.219 casos. As novas infecções do dia de hoje chegou a 1.659.

Embora o número de mortes pela doença hoje, de 4 pessoas, esteja abaixo do registrado nos meses de janeiro a março de 2021, quando teve o auge de 37 mortes diárias, totalizando 6600 em todo o período, um novo colapso do sistema de saúde é iminente.

As farmácias e postos de saúde que realizam testes estão lotados e já começam a não atender a demanda, o que indica a possibilidade dos contágios ser ainda maior. Nos hospitais, a sobrecarga de trabalho para os trabalhadores da saúde já é uma realidade, levando ao esgotamento mental e físico, assim como os afastamentos por reinfecção.

Ômicron: é preciso testagem massiva para organizar a quarentena

O governo do estado e a prefeitura suspenderam licenças e férias dos trabalhadores e falam em reabrir leitos parados, e não oferecem sequer uma equipe de tratamento para os profissionais que ficaram doentes e com sequelas.

Segundo o sindicato dos trabalhadores da saúde, esses funcionários desenvolveram doenças como trombose e agora estão tendo que lidar com a sobrecarga de trabalho, sem nenhuma preocupação com a sua própria saúde.

2 anos de pandemia e chegamos em uma nova onda sem nenhum preparo. É preciso contratações emergenciais para saúde já!

A situação revela como a região, mesmo tendo vivido um dos piores cenários da pandemia do país, com filas de internação a quase 500 pessoas, com gente morrendo a espera de um leito ano passado, segue despreparada para lidar com essa nova onda. Leitos fechados, falta de trabalhadores e testagem, os governos preparam um novo colapso na saúde de Manaus.