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Empresários param 108 ônibus em BH e descarregam na população os ataques do governo
Redação

Na última quarta-feira (12), duas empresas de ônibus de Belo Horizonte pararam declarando colapso por falta de óleo diesel e inviabilidade financeira para a aquisição de insumos. Esse processo, que não tem a participação dos trabalhadores do transporte, demonstra uma tentativa de barganha por parte dos barões do transporte mineiro em busca de maiores benefícios enquanto prejudica o conjunto da classe trabalhadora.

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Nesta última quarta-feira (12), duas empresas de ônibus que fazem parte do sistema de transporte público de Belo Horizonte paralisaram, declarando falta de óleo diesel para manter a frota nas ruas diante do aumento de 8% no preço do combustível, um dos resultados mais concretos do aumento da inflação.

A viação Transoeste, informou que suspenderá suas atividades por tempo indeterminado, a partir de hoje (13). A empresa conta com 88 ônibus no sistema de transporte. Essa empresa é responsável por 28 linhas, sendo 5 compartilhadas e uma que atua aos domingos. Essas linhas atendem majoritariamente as regiões centrais da capital, área hospitalar, centro-sul, entre outros. A empresa atende linhas cruciais da cidade, como a 32 e 35 (Estação Barreiro/Centro), 303 (Estação Diamanta/Santa Cecília), 304 (Estação Diamante/Jatobá), 3250 (Estação Diamante/Buritis), 3350 (Estação Diamante/Estação Barreiro), entre outras.

Ainda, o Consórcio Dom Pedro II, responsável por 18 veículos, alegou também que está com baixos estoques de óleo diesel, e que conseguiria manter suas operações apenas até dia 16.

Essa ação das patronais impacta diretamente o dia a dia do conjunto dos trabalhadores, que tem as principais linhas bairro-centro paralisadas. Novamente, para terem maiores privilégios, condenam o conjunto da população.

A alegação de que o aumento dos combustíveis prejudica o funcionamento das empresas, na verdade, esconde o fato de que essa empresa já tem garantias de isenções milionárias por parte do Governo Kalil. Algumas dessas isenções foram encerradas no final de 2021, colocando um novo embate entre Governo e empresários. Mesmo com algumas isenções ainda existentes, essas empresas barganham receberem ainda mais isenções, colocando em risco o pagamento dos salários dos trabalhadores do transporte, que já recebem baixos salários mesmo com a manutenção de linhas lucrativas para os capitalistas.

Não devemos nos enganar com manobras dos patrões que apenas buscam maiores lucros e que que estão dispostos a colocarem a sobrevivência dos trabalhadores em xeque para isso. Belo Horizonte tem um dos maiores preços de passagem do país, tudo isto controlado por estas empresas que dominam o conjunto do transporte público da cidade, oferecendo um transporte de péssima qualidade para a população.

Enquanto os patrões paralisam o transporte público, a população continua sofrendo com a alta dos preços, com a alta inflação e ainda com o aumento no preço dos combustíveis. O aumento reflete a uma política do governo Bolsonaro de privatização da Petrobrás, que em Minas Gerais foi parte da luta dos trabalhadores da Regap em Betim. Unificar a luta dos trabalhadores é o caminho para combater essa política nefasta de aumentos do combustível, que impacta cada vez mais os trabalhadores. É na força dos trabalhadores, organizados cada um em seu local de trabalho que está colocada a força para barra o aumento dos preços dos combustíveis e lutar contra as privatizações e a máfia dos transportes, por uma transporte público, 100% estatal sob gestão dos trabalhadores e controle popular.

 
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