Com as fortes chuvas no inicio desse ano em Minas gerais, mais uma tragédia pode ser anunciada. As 3 barragens de Forquilha III, Sul Superior e B3/B$ tem o maior risco de desabamento do país, todas operadas pela mineradora Vale, a mesma que operava as barragens de Mariana e Brumadinho, essa que segue lucrando enquanto destrói o meio ambiente, além de tirar a vida de centenas de pessoas após o rompimento das barragens.
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Foto: EFE/Antonio Lacerda, Lucas Landau, Yuri Edmundo e Paulo Fonseca
O Estado de MG vem sofrido com as intensas chuvas nesse inicio de 2022, resultando em tragédias como a de Capitólio, e com outras já anunciadas desde 2019, como o caso das três barragens que correm o maior risco de desabamento do Brasil, localizadas próximo a cidades de Ouro Preto, Nova Lima e Barão de Cocais, que juntas tem uma população estimada de 255 mil pessoas e que agora estão em situação de emergência por conta das chuvas.
Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), estas são as únicas barragens no país em situação de emergência de nível 3, quando o rompimento é iminente (pode acontecer a qualquer momento) ou quando já está em curso.
Mais um ano e nada diferente, desde Mariana em 2015 e Brumadinho em 2019, a população do Estado de MG, sofre e sente a ferida aberta dessas tragédias que dizimaram cidades e tiraram a vida de centenas de moradores locais, além da vida dos funcionários da empresa. Mais um caso que revela a impunidade que gira entorno dessas mineradoras, que seguem lucrando altos montes de dinheiro com a mineração que levou “ondas” de lama, destruindo cidades inteiras e tirando vidas de centenas de pessoas.
As causa de tragédias como as de Brumadinho e Mariana, são frutos da irracionalidade do sistema capitalista que transforma tudo em lucro. A Vale, por exemplo, empresa privatizada a preço de banana, siderúrgicas como a Vallourec, empresários da mineração, do turismo, do agronegócio são beneficiados por esses mesmos políticos que historicamente aprovam a flexibilização de leis ambientais e reformas trabalhistas e da previdência num combo de ataques contra os trabalhadores, a população e o meio ambiente.
É preciso um plano de emergência, organizado pela população, aliada dos estudantes e trabalhadores, junto as centrais sindicais para dar um basta a todo esse projeto capitalista de destruição do meio ambiente e da vida das pessoas.
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