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Enchentes Bahia
Famílias da BA dormem em baia de animais após enchentes ao invés de abrigos ou quartos de hotéis
Redação

Após a destruição de casas pelas enchentes na Bahia no final de dezembro, que deixou 30 mortos e milhares desabrigados, 32 pessoas têm vivido em baias usadas para alojar animais no Parque de Exposições de Itabuna (a 431 quilômetros de Salvador). Até agora nenhum governo tomou qualquer medida para garantir a socialização de imóveis ociosos e quartos de hotel para as vítimas.

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Na noite de Natal, o espaço chegou a receber 242 pessoas de 82 famílias, segundo levantamento inicial da prefeitura local, que começou a transferir os desabrigados para um alojamento montado no campus da UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) desde o último dia de 2021.

Passadas três semanas desde o início das enxurradas na região sul do estado, pelo menos três famílias continuam no abrigo, segundo a prefeitura. Entre os remanescentes do alojamento improvisado está o idoso Manoel Souza, 92, pai do autônomo Adalto Souza, 27.

O local foi o único acessível para famílias que ficaram isoladas do restante da cidade, quando o nível do rio subiu repentinamente após as mais fortes chuvas registradas em 54 anos. A maior parte delas vivia em áreas ribeirinhas dos bairros Maria Matos (rua de Palha), Urbis IV e Nova Itabuna.

No mesmo espaço reservado aos animais, quem insiste em permanecer no local precisa conviver com a falta de energia, escassez de água própria para consumo humano, umidade, frio, excrementos de animais, além de pragas como ratos, baratas, pulgas, carrapatos e pernilongos.

Por causa da condição insalubre, sem o devido isolamento térmico, o idoso acabou por desenvolver um quadro de pneumonia, conta o filho. Antes de buscar refúgio no Parque de Exposições, o pai vivia às margens do rio, em um barraco de madeira que acabou varrido pela enxurrada.

Um escândalo que nesse contexto o governo Bolsonaro-Mourão esteja de férias, sequer tendo mandando recursos prometidos, depois de cortar 75% da verba para prevenção de desastres desse tipo, siga mantendo os quartos de hotéis e imóveis ociosos parados com famílias nessa situação. Uma medida que também poderia ser tomada pelo governo Rui Costa (PT), que mostra também não se enfrentar com os interesses da especulação imobiliária e das hoteleiras.

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É urgente um plano emergencial que comece por garantir o alojamento dessas famílias em hotéis que sejam socializados para esse fim e moradias desocupadas. Além de organizar restaurantes públicos, administrado pelos trabalhadores e sob controle da população, abastecido pela produção de agricultores familiares, e para garantir alimentação a todas as famílias atingidas pelas chuvas e também às pessoas atingidas pela fome. E um plano de obras públicas que reconstrua moradias, escolas, postos de saúde, estradas destruídas. Tudo isso pode ser financiado a partir do fim dos subsídios aos empresários, no dinheiro do orçamento secreto e no não pagamento da criminosa dívida pública que enche os bolsos dos banqueiros bilionários.

 
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