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Classe trabalhadora
Sem aumentar em nada o poder de compra, salário mínimo poderá passar a ser de $ 1.210 em 2022
Redação

Há mais de 14 milhões de trabalhadores desempregados e mais de 30 milhões de brasileiros vivendo com “até” um salário mínimo, sendo que 20 milhões destes 30, são negros. Além disso, nos deparamos com filas de osso e do lixo, com mais de 19 milhões vivendo em situação de fome, ao mesmo tempo que os lucros dos bilionários seguem aumentando. O preço de tudo aumenta, mas os salários não aumentam. Diante disso é preciso lutar por uma saída da classe trabalhadora que responda de fato a esses problemas.

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Imagem: Pixabay

O valor do salário mínimo do ano que vem pode passar dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210, em 2022. A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, da Câmara dos Deputados, votaria nesta segunda-feira a proposta, mas sem acordo sobre as contas do governo, a votação foi adiada para esta terça-feira (dia 21). A decisão sobre o Orçamento precisa ser tomada até quarta-feira (dia 22), antes do início do recesso parlamentar.

O salário mínimo é o valor de referência para o pagamento de 50 milhões de trabalhadores no Brasil, dos quais 24 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A previsão de alta do INPC, que serve de base para a correção anual do mínimo, passou de 8,4%, em agosto, para 10,18%. Na proposta de Orçamento de 2022 enviada pelo governo ao Congresso, está prevista a correção do salário mínimo apenas pela inflação, ou seja, sem aumento real.

A previsão de alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que serve de base para a correção anual do mínimo, passou de 8,4%, em agosto, para 10,18%.

Enquanto isso, a PEC dos Precatórios pagará R$ 16,5 bilhões em emendas parlamentares à deputados do Câmara, que são os orçamentos secretos usados por Bolsonaro para comprar apoio dos deputados.

Essa é a miséria capitalista nua e crua: os capitalistas seguiram e seguem aumentando seus lucros milionários e bilionários em meio a pandemia (Durante a pandemia, a fortuna dos bilionários brasileiros cresceu 11,6%; 5 tem a riqueza equivalente da metade da população), enquanto há mais de 14 milhões de trabalhadores desempregados e mais de 30 milhões de brasileiros vivendo com “até” um salário mínimo, sendo que 20 milhões destes 30, são negros. Nos deparamos com filas de osso e do lixo, com mais de 19 milhões vivendo em situação de fome, enquanto que os capitalistas e seus políticos burgueses e golpistas, como Bolsonaro, militares, Mourão, Congresso, STF e governadores seguem descarregando a crise em nossas costas, realizando não só brutais ataques como as reformas trabalhista, da previdência, cortes e privatizações, mas também empurrando a classe trabalhadora para a miséria, a fome, a precarização e o desemprego.

O salário mínimo seguirá sendo totalmente insuficiente, enquanto o orçamento secreto garantirá uma verdadeira mamata para os parlamentares, ficando claro que todo o regime político, fruto do golpe institucional de 2016, está mais interessado em garantir os lucros dos capitalistas e o seus, avançando em mais reformas anti-operárias e ataques para descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora e dos oprimidos. Ao mesmo tempo, garantem que o Orçamento esteja majoritariamente destinado para o pagamento da dívida pública fraudulenta para o capital financeiro imperialista.

É preciso batalhar pelo reajuste salarial mensal igual à inflação, já que ela bate recordes e está destruindo nosso poder de compra que já era baixo, mesmo quando deixamos nosso suor, sangue e vida nas fábricas, comércios e em cada local de trabalho, onde somos cada vez mais super explorados. Precisamos de uma campanha unificada de todos os sindicatos nacionalmente para impor o reajuste automático dos salários a cada mês de acordo com o aumento do custo de vida.

Não podemos naturalizar a precarização, a terceirização e a "uberização" do trabalho. É necessário unir nossa classe, empregados e desempregados, em defesa deste direito mínimo que é o emprego com plenos direitos para todos. O que não falta é demanda por trabalho! Porque muitos tem que se matar de trabalhar, em jornadas de 10h, 12h pedalando para garantir um salário mínimo, enquanto outros procuram trabalho sem sucesso? Isso é irracional e só serve para garantir os lucros dos empresários! As horas de trabalho devem ser divididas entre todos os trabalhadores empregados e desempregados, sem redução salarial, começando pela redução para jornada de 6h, 5 dias na semana, possibilitando trabalho e salário para todos!

A única forma de garantir esse plano é se enfrentando com os governos e patrões com os únicos métodos que eles “dialogam”, greve, piquete e luta na rua, e é isso que precisamos exigir dos burocratas sindicais, nos apoiando em cada luta que estiver acontecendo.

É fundamental que as centrais sindicais, como CUT e CTB dirigidas pelo PT e PCdoB, rompam com sua paralisia e organizem já essa luta por essas demandas legítimas, sem esperar 2022, como quer Lula se aliando com o direitista golpista Alckmin para as eleições. Não podemos confiar em nenhuma instituição deste regime, apenas na força da classe trabalhadora aliada aos oprimidos em luta.

 
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