Neste último domingo (19), o deputado federal pelo o Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (ex-PSOL e atual PSB), postou uma foto em sua redes sociais com o ex-governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin (ex-PSDB e atualmente sem partido), no qual tomaram café da manhã juntos e discutiram sobre as alianças para as eleições de 2022. Freixo é o principal entusiasta da aliança de Lula com o ex-tucano, o encontro foi uma espécie de “aquece” já que Alckmin se reuniu à noite com o próprio Lula.

Mostrando bem o espírito da conciliação de classes que Freixo se entregou após entrar em um partido burguês como o PSB, ele afirma na postagem que “a eleição vai exigir de diálogo, espírito público, e responsabilidade com o Brasil”. O deputado está buscando diálogo com o governador responsável por muitos ataques à classe trabalhadora de São Paulo, em especial os professores e educadores, demitindo milhares de professores contratados e tentando privatizar escolas. Além do envolvimento no escândalo da máfia das merendas, que fraudava licitações que desviava dinheiro público que era para ser destinado para merendas das escolas públicas do estado. Um verdadeiro inimigo da classe trabalhadora na qual Freixo busca dialogar.

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Em entrevista feita pela revista Veja no sábado, o deputado federal fez mais declarações a respeito da possível chapa Lula e Alckmin, e falou que a possibilidade dessa chapa “abre portas para Lula e traz tranquilidade para o empresariado na disputa pelo o Planalto… Você não pode pensar num desenvolvimento sem o empregador, sem um investidor, sem o setor econômico. E sem dúvida que o Alckmin abre essas portas’’.

Freixo contribui para a política que Lula vem levando a frente em sua corrida eleitoral, mostrando fortes acenos aos capitalistas que manterá a estabilidade e a manutenção do estado capitalista em um possível governo. Em frente a toda essa crise capitalista que viemos vendo todos esses anos, a resposta que os capitalistas dão é aprofundar ataques contra a classe trabalhadora, como foram as reformas trabalhistas e da previdência, e as privatizações que foram aprovadas durante os governos de Temer e de Bolsonaro. Lula vem cada vez mais deixando explícito que não irá se enfrentar com os ataques aprovados pelo o regime golpista, e em vez disso busca alianças com golpistas como é o próprio Geraldo Alckmin.

Essa é a mesma política que Freixo vem seguindo desde que saiu do PSOL para se filiar ao PSB, que hoje já conta com Flávio Dino, e Tabata Amaral (que também votou a favor da reforma da previdência), e hoje discute com Alckmin a sua filiação. Uma política conciliadora e asquerosa com os inimigos dos trabalhadores, o que significará aprofundar mais o regime do Golpe Institucional, e os ataques.