Com 50% das tabelas analisadas e uma diferença de 10 pontos a favor do candidato do Aprovar Dignidade, Gabriel Boric, o resultado é irreversível e a extrema direita José Antonio Kast reconheceu a derrota em suas redes sociais.
Acompanhe a contagem de votos na página oficial do Serviço Eleitoral do Chile (Servel).
Como o Chile chegou a este segundo turno?
Enquanto Kast tentava um giro ao centro, saindo do espaço de extrema-direita que sempre ocupou, o outro candidato presidencial, Gabriel Boric, da centro-esquerda do Apruebo Dignidad, também buscou ir para o centro para ganhar o apoio de eleitores da antiga Concertación, que ao governar o país aplicou políticas neoliberais.
Estas eleições presidenciais são as primeiras após a rebelião popular de 2019, que incluiu uma greve geral que conseguiu colocar em suspenso o governo Piñera, mas que, devido à continuidade de um sério e discutido plano de luta nas bases operárias, culminou em uma só jornada.
Depois veio o que é conhecido como la cocina, onde os partidos do regime, entre eles Apruebo Dignidad (Frente Ampla e o Partido Comunista, este último sem assinar o acordo que os outros assinaram embora na verdade o levem adiante) de Boric salvaram Piñera e buscaram uma solução institucional para a grande e firme demanda que se fazia nas ruas, resumida no slogan: “Não são 30 pesos, são 30 anos”, aludindo ao aumento do metrô que o atual presidente pretendia impor na época Piñera.
4 pontos para entender como o Chile chegou nessas eleições incertas
|