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Amazonas
Garimpo no Rio Madeira elevou 3x acima do aceitável a contaminação por mercúrio em comunidades ribeirinhas
Redação

Laudo da PF indicou que presença do metal no organismo de moradores do rio é 3 vezes acima do admissível pela OMS. Em novembro, o Rio Madeira foi invadido por centenas de balsas e dragas de garimpeiros ilegais em busca de ouro.

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Foto: Bruno Kelly/Greenpeace

O país inteiro assistiu, no fim de novembro, a invasão do Rio Madeira por mais de 600 balsas e dragas do garimpo ilegal em busca de ouro, formando verdadeiras ilhas flutuantes de extração predativa de minerais do fundo do rio.

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Não bastasse o dano ambiental com a dragagem, que compromete a qualidade da água, a alimentação de centenas de espécies de peixes e que promove o assoreamento do rio, um laudo recente da Polícia Federal indicou que os níveis de mercúrio no organismo dos moradores da região, após a invasão, subiu para três vezes acima do limite estipulado como aceitável pela OMS. Além da contaminação da população, foi identificado que o nível de mercúrio na água é de 15 a 95 vezes superior ao aceitável.

O mercúrio é um mineral neurotóxico muito usado no garimpo para separar e extrair o ouro de rochas e da areia, e seu descarte contamina rios, peixes e as populações que vivem deles. A contaminação pelo metal é causa de sintomas como problemas respiratórios, náusea, problemas neurológicos, erupções cutâneas e insuficiência renal.

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Essa é mais uma consequência nefasta da política entreguista, destrutiva e anti-ambiental do governo Bolsonaro e dos militares, que seguem a lógica capitalista perversa que vê nossos biomas e recursos naturais como fontes de lucro a serem exploradas legal ou ilegalmente, enquanto atacam pequenos agricultores, comunidades ribeirinhas, povos indígenas, quilombolas e até mesmo organismos oficiais de fiscalização e preservação.

Só a luta dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, ao lado da juventude e da classe trabalhadora organizada - sem nenhuma confiança na podridão do judiciário e dos governadores, muito menos na conciliação de classes petista, que governou ao lado dos setores que hoje são base de Bolsonaro e responsáveis por essa crise - pode dar uma resposta a altura dos ataques históricos que a região amazônica enfrenta e que se intensificaram após o golpe institucional de 2016 e principalmente com o governo de Bolsonaro e Mourão.

 
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