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Desemprego
Enfrentar o desemprego com um programa para que os capitalistas paguem pela crise
Tatiane Lopes

Com a 4ª maior taxa de desemprego do mundo, é urgente organizar a luta por empregos com plenos direitos para todos e reajuste salarial mensal com base na inflação para que sejam os capitalistas e não nossa classe que pague por essa crise.

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Foto: divulgação Agência Brasil

Conheça e participa da campanha:

O retrato já não é novo, mas nem por isso se torna menos dolorido. A crise econômica que já se arrastava e aprofundava nos anos pós-golpe institucional, deu um salto dramático com a pandemia. Voltamos a conviver com os cruéis retratos da fome estampados no noticiário. Da fila do osso à disputa pelo lixo no caminhão, a realidade de miséria da população num dos maiores produtores de alimento do mundo precisa chocar, são imagens que não podemos aceitar que se tornem comuns novamente.

Essa fome vem sendo arrastada pela maior taxa de desemprego desde 2012, oficialmente 13,5%. Entre os jovens de 18 a 24 anos esse dado é ainda mais alarmante, são 25,7% de desempregados. Uma juventude que acaba muito dependente dos pais, que por sua vez estão vendo seus direitos conquistados com muita luta serem retirados reforma à reforma.

E enquanto a fome ressurge cruel, o desemprego insiste em ficar nas alturas e os direitos mais elementares dos trabalhadores vão sendo retirados com a crescente precarização do trabalho e terceirização de tudo, segundo a Forbes, no ano de 2020, o país teve 42 indivíduos que cruzaram a marca de serem ricaços milionários e se tornaram parte do clube de donos do mundo, os bilionários. Seus bilhões no banco crescem com a fome e a miséria de milhões que sofrem na pele as consequências da crise, aprofundada deliberadamente pela política econômica de miséria de Bolsonaro e Paulo Guedes que corroi os salários com a alta inflação.

A fome que vem do desemprego e a miséria de uma vida arrastada atrás dos trabalhos cada vez mais precários que restam, são parte de um projeto, não um erro de percurso. O capitalismo brasileiro em crise, agora dirigido pelo asqueroso governo Bolsonaro e Mourão, mas também em outras configurações, vai sempre buscar descarregar o preço da crise sobre os trabalhadores, mas é possível e preciso lutar, com objetivos claros que nos levem a enfrentar a raiz do problema.

É necessária uma grande aliança da classe trabalhadora, da juventude e dos movimentos sociais para barrar os ataques. Devemos unir todos os setores em luta e a esquerda para em uma só voz exigir que os dirigentes sindicais saiam da paralisia e organizem um plano de luta urgente de todos os sindicatos e centrais sindicais, no caminho de uma greve geral para enfrentar o governo Bolsonaro e Mourão, ligando com uma luta emergencial contra o desemprego e os salários miseráveis.

Nessa luta é preciso batalhar pelo reajuste salarial mensal igual à inflação, já que ela bate recordes e está destruindo nosso poder de compra que já era baixo, mesmo quando deixamos nosso suor, sangue e vida nas fábricas, comércios e em cada local de trabalho, onde somos cada vez mais super explorados. Precisamos de uma campanha unificada de todos os sindicatos nacionalmente para impor o reajuste automático dos salários a cada mês de acordo com o aumento do custo de vida.

Ligado a isso e como complemento, não podemos naturalizar a precarização, a terceirização e a "uberização" do trabalho. Precisamos unir nossa classe, empregados e desempregados, em defesa deste direito mínimo que é o emprego com plenos direitos para todos. O que não falta é demanda por trabalho! Porque muitos tem que se matar de trabalhar, em jornadas de 10h, 12h pedalando para garantir um salário mínimo, enquanto outros procuram trabalho sem sucesso? Isso é irracional e só serve para garantir os lucros dos empresários! As horas de trabalho devem ser divididas entre todos os trabalhadores empregados e desempregados, sem redução salarial, começando pela redução para jornada de 6h, 5 dias na semana, possibilitando trabalho e salário para todos!

A única forma de garantir esse plano é se enfrentando com os governos e patrões com os únicos métodos que eles “dialogam”, greve, piquete e luta na rua, e é isso que precisamos exigir dos burocratas sindicais, nos apoiando em cada luta que estiver acontecendo.

 
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