IMAGEM: Agência Brasil

Segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira (9) do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pandemia de Covid-19 levou ao menos 100 milhões de crianças na faixa da pobreza, representando um aumento em 10% comparada a taxa de 2019.

Além disso, os dados também revelam que o número de menores de idade fora da escola, assim como em estado de fome e que tenha sofrido abuso ou coerção para se casarem subiram neste último período. Segundo a própria Unicef, trata-se da “maior ameaça em seus 75 anos de história”.

Outro indicador que nos revela a miséria crescente na vida da população mundial e da juventude é que cerca de 23 milhões de crianças não receberam vacinas essenciais, sendo um número de 4 milhões superior que o de 2019 e o mais elevado nos últimos 11 anos. Em relação as condições de moradia, 60 milhões de crianças vivem em habitações com poucos recursos.

Em meio a própria crise econômica de 2008 que segue tendo expressões até hoje e que se aprofundou com a pandemia, seus efeitos sobre a precarização da vida das pessoas também são escancarados com dados como o fato de que 160 milhões de menores vivem tendo que ser obrigados a trabalhar para sobreviver, sendo 8,4 milhões a mais que em 2019.

Tal situação tende só se agravar conforme os Estados desse sistema permaneçam seguindo a mesma lógica dos últimos tempos de descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e nos setores mais vulneráveis, inclusive crianças.

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