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Como massificar a luta contra a cobrança do Circular da UFRN e a repressão?
Faísca - UFRN

A cobrança de tarifa para o Circular interno da UFRN está sendo imposta com apoio da Guarda Municipal de Álvaro Dias. Em manifestação da manhã dessa quinta-feira, 2, em frente à sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana – STTU, dezenas de estudantes de diversos cursos rechaçaram a medida da prefeitura de Álvaro Dias (PSDB), que quer acabar com a gratuidade do transporte garantida há décadas cobrando R$ 3,20 dos usuários.

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Uma medida absurda que ataca a permanência dos estudantes, onera ainda mais os funcionários, em especial terceirizados, que dependem desse transporte pra chegar na sala de aula, às vésperas do retorno presencial, com a justificativa de dar maiores lucros aos empresários donos dos transportes de Natal.

A manifestação foi brutalmente reprimida com spray de pimenta, cacetetes e tiros de bala de borracha, um escândalo protagonizado pela Guarda Municipal, que contou com a PM do governo do estado. Mostraram mais uma vez quais interesses que a polícia protege realmente, e não é a dos estudantes e trabalhadores.

O ato de hoje expressou disposição de luta, ligada a centenas de estudantes que nas redes sociais expressaram seu rechaço a essa medida, parte de uma piora das condições de vida da juventude de dentro e fora das universidades com a crise fruto dos ajustes de Bolsonaro e Temer, e os cortes na permanência, bolsas de pesquisa, na verba do PIBID e RP, que tornam as universidades mais elitistas aumentando a evasão.

É necessário batalhar pela unidade entre es estudantes, conquistar a opinião pública, da população e dos trabalhadores que enfrentam diariamente a precarização do transporte, assim como rechaçar a redução das linhas e a demissão de mais de 1000 rodoviários durante a pandemia.

Por isso, é fundamental que seja convocada uma assembleia geral por parte do DCE da UFRN com urgência para que os estudantes possam definir como dar continuidade a essa luta. O Centro Acadêmico de Ciências Sociais – Marielle Franco (CACS), fez esse chamado nas suas redes sociais, da qual nós da Faísca somos parte junto a estudantes independentes. E fazemos um chamado a unificar a construção dessa assembleia, pois é necessário dar uma resposta a altura, que não permita o movimento estudantil abaixar a cabeça diante da repressão mostrando sua verdadeira força.

Em especial às organizações que se colocam críticas a conciliação do PT, e fazem parte da atual gestão do DCE, Juntos e Correnteza, assim como PCB, pois vimos nesse ato que a PM do governo de Fátima Bezerra contribui por essa violência. E não é surpresa, pois é a PM que matou Giovanne Gabriel, e que tem recebido cada vez mais recursos do governo. É necessário repudiar também a PM do governo Fátima por isso, e defender uma mobilização independente dos governos e das reitorias, para impor a gratuidade imediata do circular.

E para se enfrentar de fato com os interesses dessas máfias dos transportes é preciso batalhar pela estatização sobre controle dos rodoviários e usuários o transporte público da cidade, para que deixe de ser um roubo dos salários e do direito a cidade para atender de fato os interesses do conjunto da população.

 
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