Até março, Bolsonaro pretende filiar ao PL mais quatro ministros não menos sujos do que Rogério Marinho, que já foi filiado ao PSDB e foi pivô do escândalo do orçamento secreto. São eles, o negacionista Marcelo Queiroga (Saúde), Gilson Machado (Turismo), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) que vai disputar o cargo de governador de SP e Onyx Lorenzini (Trabalho e Previdência) que vai concorrer ao governo do RS.

Bolsonaro vem tendo cada vez mais rejeição, na última pesquisa o Atlas mostrou que a aprovação do governo caiu para 19%. Contudo, parte da estratégia é aumentar a força do PL (terceiro maior partido da Câmara) e que com a entrada de Flávio terá 5 senadores, com essas novas filiações para que mesmo não eleito ainda exerça poder.

O PL é o típico partido do Centrão que se junta com a esquerda ou com a direita, tanto faz desde que estejam dividindo o poder junto. Nos dois governos do Lula o vice, José de Alencar, era do PL. Ao mesmo tempo, o partido não vê problema algum em ter uma figura de extrema-direita concorrendo a presidente, desde que isso ajude a aumentar o número de cadeiras e o poder do partido. O partido, em 2020, teve um fundo eleitoral de R$ 117,6 milhões e um fundo partidário de 45,7 milhões. E o aumento do PL no governo causa reclamações de outros partidos do Centrão, como o Republicanos.