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Acabou a mamata?
Filha de líder do governo Bolsonaro trabalha em empresa com contrato firmado pelo pai
Redação

Ricardo Barros (PP-RP), atual líder do governo Bolsonaro na Câmara, foi ministro da Saúde no Governo do golpista Michel Temer (MDB). Poucos dias após sua saída do cargo, sua filha ganhou cargo em uma empresa pública da Bahia.

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A Bahiafarma, estatal que tinha parceria para a produção e fornecimento de insulina para o Estado, tem relação direta com figuras que foram alvo da CPI Covid. A empresa, na época da nomeação, era presidida por Ronaldo Dias, primo de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Ministério da Saúde durante o governo Bolsonaro e que foi exonerado após suspeitas de irregularidades na compra de vacinas.

Raffaelle Barros, filha de Ricardo Barros,foi nomeada para o cargo em 2018, 20 dias após a saída do pai do Ministério da Saúde, e a nomeação foi assinada então por Ronaldo Dias. Raffaelle, estava em trabalho híbrido até o momento, cumprindo 8 horas de trabalho por semana, e recebendo 10 mil reais da estatal.

O fornecimento de insulina por parte da Bahiafarma para o Ministério da Saúde está suspenso neste momento. A empresa teria firmado uma parceria com a Indar para a produção de insulina, porém, em inspeção da Anvisa ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a empresa foi reprovada, sendo negada a expedição de certificado de boas práticas de fabricação de medicamentos após visita à sua central em Kiev.

Em 2019, o TCU (Tribunal de Contas da União) iniciou apuração sobre possíveis irregularidades e antieconomicidade em parcerias com a empresa ucraniana Indar.

Raffaelle Barros, após ser procurada pela Folha, diz que sua indicação não tem relação com a gestão de seu pai, mesmo atuando em projeto fruto de parceria realizada na gestão de Ricardo Barros.

 
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