Foto: Agência Brasil

O Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD, na sigla em inglês), comunicou, nesta quinta-feira (25), a descoberta de uma nova variante do Coronavírus.

Segundo os cientistas, essa cepa tem uma alta mutação e há preocupação sobre o risco de escape da proteção da vacina. Ainda não há, porém, comprovação científica sobre essa possibilidade.

A África do Sul, que é um dos países com maior número de vacinados do seu continente, não atinge a marca de 25% de imunizados. Os casos detectados e a porcentagem de testes positivados estão aumentando rapidamente nas províncias de Gauteng, a mais populosa do país, North West e Limpopo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) convocou uma reunião de especialistas para esta sexta-feira (26) para debater se declara a nova cepa da Covid-19 localizada no continente africano como uma "variante de preocupação".

Enquanto isso o continente europeu aparenta adentrar em uma nova onda de contaminação de Covid-19, principalmente em países com a vacinação atrasada, neste que é o segundo outono da pandemia na região.

Alguns países do Leste, com baixas taxas de vacinação, enfrentam agora a pior onda desde o começo da crise sanitária mundial, tanto em número de casos como em saturação hospitalar. Mas mesmo outros com cerca de 70% de inoculados estão começando a ter problemas: Reino Unido, Alemanha, Países Baixos e Dinamarca estão em um difícil cenário e estão restabelecendo restrições ou em planejamentos que irão nesse sentido .

Tal situação expressa o quanto a lógica da desigualdade capitalista opera em um sentido contrário a humanidade, já que devido a globalização e as relações mundiais entre diferente países, privar determinado país, povos, imigrantes, etc.. do acesso à vacina impede, na prática, um combate mais profundo e decisivo à pandemia.