IMAGEM: Divulgação/SIT

No dia 16 de novembro, foram resgatados sete trabalhadores, entre venezuelanos e indígenas macuxi, de uma fazenda de Caracaí, Roraima, onde os mesmos foram encontrados em trabalho análogo à escravidão.

O resgate foi fruto de uma inspeção fiscal em um canteiro de obras vinculado a fazenda, onde os trabalhadores foram encontrados, próximo ao distrito de São Luiz do Anauá, no qual foi realizado uma denúncia anônima em relação as condições de trabalho. O alojamento dos trabalhadores se localizava na própria fazenda , em barracos sem as mínimas condições de conforto e higiene.

Segundo os fiscais, sequer haviam camas suficientes para os trabalhadores no local, além do mesmo espaço concentrar também as ferramentas de trabalho, mantimentos e produtos químicos. Além disso, esses próprios trabalhadores tinham um banheiro que não havia água há cerca de uma semana e que sua estrutura despossuía teto.

Isso sem contar da situação laboral, onde todos tinham que trabalhar por jornadas extensas de trabalho e não possuíam carteira, inclusive. Mesmo em relação a horas extras, sequer havia algum tipo de compensação, como foi descoberto em um dos casos.

Enquanto isso, a empresa responsável por essa situação tem um capital social de R$ 25 milhões, se apoiando no cultivo de açaí, eucalipto e no serviço de construção e terraplanagem. Este exemplo absurdo não se trata de um caso isolado do agronegócio, pelo contrário. Seus representantes cada vez mais se apoiam neste regime para destruir os direitos dos trabalhadores e também para avançar na destruição da natureza, assim como na exploração dos indígenas ou mesmo imigrantes.

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