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20N
Bolsonaro e Mourão são responsáveis pela miséria, fome e desemprego que assolam o povo negro
Valéria Muller

A população negra no Brasil é maioria entre os que sofrem com a fome, o desemprego, a pobreza e a precarização do trabalho. Também sentem na pele o sucateamento dos serviços públicos que cobrou seu preço durante a pandemia e a retirada de direitos imposta pelas reformas.

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Foto: Agência Brasil

A população negra no Brasil é maioria entre os que sofrem com a fome, o desemprego, a pobreza e a precarização do trabalho. Também sentem na pele o sucateamento dos serviços públicos que cobrou seu preço durante a pandemia e a retirada de direitos imposta pelas reformas. O governo de extrema direita de Bolsonaro e Mourão, assim como o Congresso Nacional e o STF, junto aos capitalistas, são responsáveis por essa situação.

No Brasil, mais de 125 milhões de pessoas sofrem com algum nível de insegurança alimentar. Esse número escandaloso se concretiza em cenas como a fila do osso, a população pobre procurando comida no lixo e mães e pais de família sendo presos por furtar comida nos supermercados. Entre a população negra esses números são ainda maiores: 67,5% das famílias negras convive com insuficiência de alimentos e com a fome. Os dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas, do Ministério da Saúde, são expressão do racismo estrutural do qual o sistema capitalista depende, que no Brasil é administrado por Bolsonaro, Mourão e pelos demais atores do regime político.

A crise capitalista recai brutalmente sobre a população negra. Entre os mais de 14 milhões de desempregados no país, 73% são negros, segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad Contínua), do IBGE. Além disso, as reformas como a da previdência e trabalhista e todas as medidas de retirada de direitos impostas atingem em cheio a população negra, que também é maioria entre os trabalhos mais precários.

Também o sucateamento dos serviços públicos, como educação e saúde, atinge principalmente a população negra e pobre, que são quem mais depende deles. Na pandemia a precarização histórica do SUS, resultante do teto de gastos e do avanço na terceirização e privatização, cobrou seu preço em mais de 612 mil mortes. Porém esses números não são iguais entre negros e brancos, como demonstram estudos do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, grupo da PUC-Rio e do Instituto Pólis. A proporção de negros vítimas da covid é de 55% enquanto de brancos é de 38%. Além disso, a população negra também enfrentou maior lentidão na vacinação.

A violência policial também é uma forte expressão do racismo. Os negros, particularmente os jovens, são as principais vítimas do braço armado do Estado capitalista: 78% dos que foram assassinados pelas balas da polícia são negros, e a maioria dos casos segue impune. Nos governos do PT a Minustah, operação da ONU, foi parte de reprimir também o povo negro no Haiti.

Esse quadro de conjunto é expressão do racismo estrutural do sistema capitalista, que sobretudo em tempos de crise precisa explorar ao máximo a classe trabalhadora. O racismo e todas as demais opressões são ferramentas essenciais para isso. No Brasil de Bolsonaro, Mourão e de uma burguesia herdeira direta da escravidão, à situação objetiva de vida do povo negro se soma o racismo sustentado diariamente pelo governo, com declarações nojentas como de que não existe racismo no Brasil ou as intenções de mudança de nome da Fundação Palmares para Princesa Isabel, buscando apagar a história de luta daqueles que se ergueram contra a escravidão.

É a luta organizada da população negra, em unidade com o conjunto da classe trabalhadora e todos os oprimidos, que pode responder a essa situação. Neste 20 de novembro reafirmamos a batalha pelo Fora Bolsonaro e Mourão e contra todos os atores desse regime político degradado, assim como também contra a exploração capitalista e a precarização do trabalho. É preciso se inspirar na história de luta e resistência dos povo negro no Brasil e no mundo contra a escravidão, as ditaduras e o racismo para fazer Palmares de novo.

Leia mais: Contra Bolsonaro, Mourão, a fome, a precarização e as chacinas, faremos Palmares de novo!

 
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