www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
Metroviários de SP
Chapa 4 - Nossa Classe: construir na base a mobilização e o congresso dos metroviários
Chapa 4 - Nossa Classe Metroviários

O Congresso dos Metroviários, que ocorre no início de dezembro, irá acontecer em um momento político importante do país, de grandes ataques de Bolsonaro e Doria contra os direitos dos metroviários e dos trabalhadores.

Ver online

Foto: Paulo Iannone/Sindicato dos Metroviários de SP

Nas últimas semanas, foi quebrado o acordo realizado verbalmente em reuniões no Palácio do Governo entre parlamentares, apresentando as demandas da categoria, e o governo (o vice-governador Rodrigo Garcia e o secretário Rodrigo Maia), que previa inicialmente a retirada dos ataques por parte do Metrô, onde o governo havia prometido manter a sede aos metroviários e garantir o acordo coletivo firmado por dois anos com reajuste da inflação. Mas o Metrô descumpriu essas promessas, levou adiante o pedido ao TST para suspender nosso reajuste e todo o acordo coletivo - que por ora foi negado -, e a venda da sede do sindicato, que nossa categoria construiu com recursos próprios há mais de 30 anos.

Isso nos prova, por mais uma vez, que não podemos confiar nas palavras ao vento do governo. A diretoria do sindicato comemorou antes da hora, quando ainda era preciso manter o alerta e a mobilização, e a Chapa 1 (CTB/CUT) em particular veio repetindo que estava garantindo esse acordo, e que a manutenção da sede e dos direitos era a “frente ampla” e o diálogo com esses representantes do governo Doria. É a mesma política de conciliação que leva esses partidos a apostar na candidatura de Lula, que negocia o cargo de vice com figuras como Alckmin, que tanto atacou nossa categoria.

Ao contrário, se mostra novamente que a única forma de garantir a sede, nosso acordo coletivo, barrar o fechamento das bilheterias, as demissões de cerca de mil terceirizados e barrar o calote dado pela empresa nos steps e na equiparação é pela via da nossa luta e da mobilização independente, buscando a aliança com a população, como fizemos nas nossas últimas campanhas salariais organizando fortes greves e defendendo nosso Acordo Coletivo a partir disso.

Frente à situação colocada, toda a preparação para o importante Congresso dos Metroviários tem que estar a serviço de fortalecer nossas batalhas para que possamos vencer garantindo a sede do Sindicato e nossos direitos, definitivamente.

Para isso, é fundamental envolver toda a categoria no congresso. Por isso, junto a outros companheiros e companheiras da diretoria do sindicato, nós defendemos contra a proposta da Chapa 1 de fazer um congresso e eleições virtuais. Também por isso, nós da Chapa 4 Nossa Classe defendemos que a eleição de delegados para o Congresso fosse feita em todas as áreas do Metrô, independente do número de delegados inscritos e vagas. Defendemos isso pois achamos importante, mais do que nunca, o envolvimento da categoria no conjunto das reflexões dos processos de luta que passamos e dos que virão, por exemplo sobre o balanço do que foi a última campanha salarial, onde a Chapa 1 defendeu que entregássemos de bandeja nossos direitos para o Metrô e que corretamente a categoria repudiou. A não realização das eleições é um prejuízo para o congresso, que nos preocupa.

Por outro lado, frente a retomada do ataque da sede do Sindicato dos Metroviários e contra nosso Acordo Coletivo, a demissão em massa de nossos colegas das bilheterias, e o calote dos steps e da equiparação, nos preocupa que a mobilização não seja construída por todas as forças do nosso sindicato. Nas últimas duas semanas as eleições foram suspensas para priorizar a mobilização, mas não ocorreram setoriais na maioria das áreas, reuniões na base, ou outras medidas de mobilização.

A partir dessas considerações, colocamos em primeiro plano o chamado a todas as forças do nosso sindicato, todos os ativistas e delegados inscritos no congresso a colocarmos todo peso na construção da mobilização contra esses ataques, votando a favor do plano de lutas com estado de greve, e inclusive preparando e construindo um indicativo de greve contra eles. E também a construirmos um forte Encontro de Mulheres, e um forte congresso, levando todas as posições e discussões para o conhecimento da base, para que sejam parte de fortalecer nossa luta.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui