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Crise e inflação
Governo projeta piora do PIB e inflação para 2021 e 2022. Mas mercado é ainda mais pessimista
Redação

Pioraram as projeções oficiais feitas pela SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Economia para a inflação e para o PIB tanto em 2021 quanto em 2022. Para 2021 aumentou de 7,9% para 9,7% a projeção de aumento da inflação. Para 2022, passou de 3,75% para 4,7% No entanto, as projeções são duvidosas, já que o próprio mercado tem projeções ainda mais piores. De qualquer modo, no país do osso e do lixo, tudo segue ficando mais caro, e é claro, quem sempre paga a conta são os trabalhadores e o povo pobre. Confira também as propostas do Esquerda Diário por um programa emergencial da classe trabalhadora contra a crise.

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Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A estimativa do governo agora é de que haja uma alta no PIB de 5,1% este ano, contra 5,3% antes. Para o ano que vem a projeção passou a 2,1%, de 2,5% em setembro.

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Segundo o governo, a expectativa para a inflação (IPCA - Índice de Preços ao Consumidor) em 2021 aumentou de 7,9% para 9,7%. Para 2022, a projeção de IPCA passou de 3,75% para 4,7%. Já a estimativa da Economia para a alta do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2021 passou de 18,00% para 18,66%. Para o próximo ano, a projeção passou de 4,70% para 5,42%.

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Mas essas projeções são duvidosas, já que, no entanto, o mercado financeiro, tem projeções ainda mais piores e pessimistas do que o governo, reduzindo ainda mais suas projeções para a evolução da atividade neste e no próximo ano, segundo boletim Focus divulgado ontem pelo BC (Banco Central).

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Dados do boletim Focus mostram que os especialistas passaram a projetar crescimento econômico de menos de 1% em 2022. O levantamento mostrou que a expectativa para a expansão do PIB no ano que vem caiu pela sexta semana seguida e chegou a 0,93%, de 1% na semana anterior. O cenário para 2021 também piorou, com o crescimento econômico sendo estimado agora em 4,88%, de 4,93% antes.

Já a projeção para a inflação em 2021 na pesquisa aumentou pela 32ª vez seguida, e o mercado vê agora alta do IPCA de 9,77%, de 9,33% antes. Para 2022 a conta subiu a 4,79%, de 4,63%.

O relatório Focus manteve o cenário do dólar em 2021 e 2022, nesta semana. A mediana das expectativas para a moeda norte-americana no fim deste ano permaneceu em R$ 5,50, pela segunda semana consecutiva.

O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central. São utilizadas as projeções dos especialistas das 100 principais instituições ligadas ao mercado financeiro do Brasil.

Para 2022, a estimativa do Boletim Focus para o câmbio também ficou em R$ 5,50, de R$ 5,25 há quatro semanas.

Vale lembrar que a alta do dólar encarece os alimentos e produtos importados, bem como favorece a exportação do agronegócio em detrimento do mercado interno. É uma bola de neve em que quem sai pagando são os trabalhadores e os mais pobres, enquanto os bancos e grande latifundiários nadam em dinheiro.

Nós do Esquerda Diário, como já colocamos em um de nossos editorais, acreditamos que somente com a luta de classes podemos impor demandas urgentes, como um auxílio emergencial de ao menos um salário mínimo e a derrubada de todos os aumentos feitos na pandemia (luz, água, gás, gasolina e transporte), congelando os preços nos valores anteriores à crise sanitária. Mas precisamos lutar por uma saída de fundo para os problemas do país. Isso passa por colocar pra fora Bolsonaro e Mourão, mas combinado com uma luta emergencial contra o desemprego e os salários de miséria.

Reajuste salarial mensal igual à inflação!

Se tudo aumenta mensalmente, então tem que aumentar os salários! Estamos num recorde da inflação, destruindo nosso poder de compra que já era baixo, mesmo quando deixamos nosso suor, sangue e vida nas fábricas, comércios e em cada local de trabalho, onde somos cada vez mais super-explorados. Não adianta mais fazer campanha salarial a cada ano para repor o poder de compra do salário, porque a inflação rouba todo aumento anual no mês seguinte. Precisamos de uma campanha unificada de todos os sindicatos nacionalmente para impor o reajuste automático dos salários a cada mês de acordo com o aumento do custo de vida.

Emprego com plenos direitos para todos!

Não podemos naturalizar a precarização, a terceirização e a "uberização" do trabalho. Precisamos unir nossa classe, empregados e desempregados, em defesa deste direito mínimo que é o emprego com plenos direitos para todos.

Nas empresas que tiveram que baixar a produção, não podemos aceitar que haja demissões. As horas de trabalho devem ser divididas entre todos os trabalhadores, sem redução salarial. Mas nossa perspectiva deve ser resolver o problema do desemprego em toda a sociedade, dividindo as horas de trabalho de todo país entre empregados e desempregados, começando pela redução para jornada de 6h, 5 dias na semana.

Para gerar empregos, é preciso um enorme investimento estatal em um grande plano de obras públicas para vários anos. Um plano controlado pelos trabalhadores, ligado a uma verdadeira reforma urbana, garantindo moradias, saneamento básico, transporte público rápido, hospitais, escolas, tudo o que é necessário para uma vida digna.

Esse conjunto de medidas, elementares e ao mesmo tempo que golpeiam a sede de lucro dos empresários, está orientada a fazer com que os capitalistas paguem pela crise. É preciso unificar os trabalhadores em uma frente comum de combate contra o conjunto da classe dominante, o que só pode ser feito batalhando por recuperar nossos sindicatos das mãos das burocracias. O combate ao conjunto do regime político que impõe fome e desemprego segundo os interesses dos capitalistas é fundamental. Por isso levantamos a imposição pela luta de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que incremente o choque político entre as classes e abra caminho à perspectiva da batalha por um governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

Editorial MRT: 3 propostas para movimentar as engrenagens da nossa classe diante da paralisia das burocracias sindicais

Com informações de UOL e Suno Notícias

 
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